𝘋𝘦́𝘤𝘪𝘮𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘳𝘵𝘰

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北川綾 — Ayα Kitαgαwα

Minhas mãos escorregavam de tanto suar, não conseguia nem manter os braços em volta da cintura de Inupi para me segurar na moto.

Eu já sabia o que eles iriam fazer, mas estava torcendo para que não fosse isso, eu não seria capaz de fazer tal coisa.

Demos algumas voltas até chegarmos no novo galpão, era um pouco mais distante do ultimo, e aparentemente também estava abandonado. Me impressiono com a quantidade de galpões abandonado que residem em Tokyo, não faz sentido nenhum.

— Nós expulsamos uns mendigos que estavam morando aqui. - Inupi me ajudou a descer da moto e deu uma boa olhada para a fachada feia o local. — Não está fedendo, não se preocupe. - Ele percebeu a careta que estava a fazer enquanto olhava para o lugar decrépito e estranho. — Colocamos um sofá para você. Não julgue sem ver por dentro.

Ele foi até o portão e o abriu usando a força de apenas um braço.

Exibido.

Ao entrarmos eu pude ver uma luz acesa bem no final de um corredor largo que ali tinha, também ouvi algumas vozes de lá de trás.

Comecei a sentir falta de ar enquanto dava passos curtos e lentos. Eu sabia exatamente o que eu iria encontrar assim que fosse até a luz fraca do cômodo .

Megami, você está bem? - Inupi pousou sua mão em meu ombro e me faz parar de dar os meus pequenos passos.

— O que eu vou encontrar ali?

— Um membro da Toman. - Disse sério.

— Tudo isso por míseras maquinhas de dedos. - Tentei recompor minha pose de durona e endireitei minha coluna para andar feito Haiden. Balancei o rabo no topo da minha cabeça para senti-lo em minhas costas e dei passos confiantes até o cômodo de iluminação baixa. — Olá, garotos. - Parei na porta e todos os garotos se viraram em minha direção.

— Boa noite, Deusa Loira. - Disserem em coro.

— Podem ir. - Balancei minha mão para os mandar ir embora e a sala se esvaziou em poucos segundos.

Enquanto cada um dos meninos passavam por mim eu deixei meu olhar em meus sapatos, não estava com coragem de olhar ainda, por mais que eu soubesse muito bem quem era. Tentava pensar em que voz eu usaria para falar esse tempo todo com ele, mas eu ainda teria tempo, preciso esperar Taiju chegar, se eu não lhe esperar ele com certeza me mataria.

Deusa Loira... - Ouvi claramente suas voz entrando em minhas orelhas e eu não consegui segurar meus longo suspiro.

— Draken, - Inupi passou por mim e se colocou em frente do nosso sequestrado. — eu peguei sua moto emprestada, espero que não se importe. - Ele riu.

Com um pingo de coragem eu levantei meu rosto para ver a situação que Draken se encontrava. Ele estava amarrado numa cadeira, com os pés e mão amarrados, os nós eram reforçados com fita, conseguia ver o relevo da corda por baixo da fita cinza que me parecia ser resistente. Ele me olhava o tempo inteiro, por mais que Inupi insistisse em ficar na sua frente. Era incomodo ter seus olhos sob mim por tanto tempo sem nem ao menos um desvio.

— Eu vou me sentar. - Sai da porta e fui procurar o sofá que Inupi tinha comentado.

Megami, fica aqui! - Ele disse alto. — Não quer se deliciar com a imagem de um membro da Toman totalmente vulnerável? É tão bonito...

Dei alguns passos para trás e dei uma olhada em Draken. Ele estava cabisbaixo, os membros rígidos por estarem sendo apertados exageradamente pelas cordas, a língua passando constantemente por seus lábios para umedecê-los, a luz fraca que vinha de uma lâmpada safada um pouco a cima de sua cabeça. Chegava até a ser sexy vê-lo daquele jeito.

Kinpatsu no Megami ✧ ⌠Dʀᴀᴋᴇɴ⌡Onde histórias criam vida. Descubra agora