𝘋𝘦́𝘤𝘪𝘮𝘰

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語り部 — Nαrrαdor

Aya dava passos largos e desnorteados, estava se sentindo como uma fracassada, e de fato desta vez ela é uma.

Expulsa do colégio no ultimo ano, sem fonte de renda para sustentar a casa, membro de gangue... Sem futuro algum.

Não estava mais se importando se alguém fosse vê-la bater na porta de Taiju, não queria nem saber de Hakkai ou Yuzuha estivessem em casa e atendessem a porta e simplesmente um estalo soassem em suas cabeças e finalmente ligassem os pontos sobre ela ser a Deus loira. A final, a Deusa loira não estava se sentindo naquele momento.

Ela não olhou para os lados no seu trajeto inteiro, a final, as ruas estavam vazias. Haiden tinha ido para o colégio, e ela tinha quase certeza de que nenhum Black Dragon estaria a seguindo numa hora dessas.

Fazia tempo que ela não se sentia daquele jeito, a ultima vez que fez qualquer coisa sem ao menos pensar ou se importar com outros foi um marco histórico na Black Dragon, nunca se esqueceram do dia que a Deusa exagerou na bebida em uma das comemorações da gangue. Claro que ela não tinha feito nada de absurdo por ter os garotos cuidando dela o tempo todo, mas ela chegou a fazer uma besteira, mas apenas uma única vez, para nunca mais. Foi o que ela prometeu depois de perceber o que tinha feito.

A casa de Taiju já era a próxima a esquerda, o coração dela estava calmo, estranhamente calmo. O olhar para baixo, os ombros quase se arrastando e os pés mal levantavam para dar os passos. Ao parar na porte da casa do capitão ela soltou o cabelo e o deixou por cima dos ombros para poder tapas minimamente seu perfil para caso alguém passasse, mas não seria o suficiente ela sabia. Ela deu duas batidas fracas na porta e logo conseguiu ouvir os grandes pés de Taiju praticamente quebrarem o chão de passos tão pesados, também conseguia ouvir os múrmuros do capitão, mas deu muita importância.

— Eu abro, chefe! - Conseguiu ouvir a voz de Koko. Seus olhos reviraram instantaneamente. — Que merda você está fazendo aqui?! - Ao ver a garota ele a puxou pelo braço com rispidez e a colocou para dentro da casa para fechar a porta rapidamente.

— Quem é na porta?! - A voz de Taiju ecoou pela casa.

Megami?! - Inupi surgiu e foi em direção a garota que se encontrava olhando para o chão sem expressão alguma. — O que aconteceu? Ei. - Ele segurou o queixo da garota para cima, e então assim pode ver os olhos sem vida dela.

— Tragam minha Deusa para cá! - Taiju gritou e então os garotos obedeceram. — Venha aqui, boneca. - Taiju estendeu o braço esquerdo para que ela se sentasse ao seu lado, e assim ela fez. — Me conte, Megami - Ele colocou o cabelo que cobria o perfil da garota atrás de sua orelha. —, quem eu precisarei matar, e porque você não matou?

— Me demitiram porquê eu dou medo nos clientes... - Ela encolheu as pernas no sofá e as abraçou contra seu peito para conseguia apoiar o queixo nos seus joelhos. — Como eu vou colocar dinheiro naquela casa?

— Talvez seja a hora de você finalmente fazer os trabalhos sujos conosco. - Koko sugeriu, mas Inupi o lançou um olhar ameaçador.

Aya não deu importância ao o que o moreno disse, apenas permaneceu com o olhar vazio para o tapete.

Os três conversavam por olhares, estavam discutindo sobre contar ou não sobre a mãe da menina. Todos sabiam que aquela seria uma péssima ideia, mas deveriam contar logo antes que se tornasse uma bola de neve e então quando vissem a garota iria ter descoberto sozinha e iria explodir.

Taiju apontou para Inupi apenas com o queixo, e ele revirou os olhos como resposta. Koko se divertia com a cena, era uma discussão silenciosa entre o melhor amigo da Deusa e o capitão, então ele estava isento de qualquer coisa ali.

Kinpatsu no Megami ✧ ⌠Dʀᴀᴋᴇɴ⌡Onde histórias criam vida. Descubra agora