Kinpatsu no Megami ✧ ⌠Dʀᴀᴋᴇɴ⌡

𝘋𝘦́𝘤𝘪𝘮𝘰 𝘯𝘰𝘯𝘰

黒い龍 — Blαck Drαgon

Taiju limpou a boca assim que a menina saiu pela porta.

Ele sabia que tinha ganhado carona, ela nunca chegaria tão rápido estando a pé.

Aquilo só confirmou que ela estava realmente com alguém, e ligando os pontos, Draken estava com a moto mais cedo... mas não faria sentido Draken trazer ela até aqui, todos sabem de quem é esta casa. Outra pessoa a trouxe, uma pessoa que ela confia o suficiente para dizer que é a Deusa, um amigo. Talvez Inupi... Inupi trairia de tal forma seu capitão a quem jurou lealdade?

A Deusa também lhe jurou lealdade.

— Não acredito que me sujeitei a isso. - Limpou a boca mais uma vez e foi até a cozinha.

Ali estavam as garrafas de bebida abertas e pela metade, mas a verdade é que ele não tinha bebido, na verdade, tinha jogado o liquido na pia, fez apenas um bochecho usando o álcool para ficar com o cheiro impregnado em sua boca, além de ter molhado um pouco sua roupa para o cheiro exalar pela sala assim que ela entrasse.

— Quem será que te trouxe para cá, minha Deusa? - Encostou na pia e olhou para o teto. — Como ousou trair minha confiança desse jeito, minha Deusa?

Enquanto falava sozinha, Taiju não percebeu que Yuzuha o observava escondida. Depois de ouvir a voz da menina que denominavam de Deusa, achou melhor ver o que estava acontecendo, ela parecia reclamar de algo e sinceramente, estava com medo do que Taiju poderia fazer com ela. Acabou vendo ele abrindo as garrafas antes dela chegar, na verdade, o viu virar uma garrafa, mas assim que percebeu que o intuito dele era ficar bêbado saiu correndo dali.

Mal sabia Yuzuha que as bebidas estavam sendo usavas como enxaguante bucal.

Taiju olhou para o lado e reparou uma sombra no corredor, sua irmã então tentou correr dali.

— Yuzuha! - Disse alto.

A garota paralisou ao perceber que tinha sido pega bisbilhotando seu irmão.

— Aqui. Agora. - Disse pausadamente.

Em passos lentos e com a cabeça abaixada ela obedeceu ao irmão, já estava se preparando psicologicamente para tomar uma surra e desta vez, o irmão não estaria aqui para ajudá-la, mas ela é uma garota forte, aguenta alguns socos.

— Não sabe que é feio bisbilhotar? - Bufou e deu alguns passos em direção a irmã. — O que você ouviu? Você viu o rosto da minha Deusa? - Ele pegou a garota pelo colarinho da camiseta que estava usando e a levantou como se fosse uma pena, seus músculos tornavam a tarefa bem mais fácil.

— Eu não vi o rosto dela, eu juro! - Ela dizia desesperada. Estava numa altura considerável do chão, se ele a soltasse provavelmente torceria seu pé. — Quando ouvi o barulho da porta abrindo eu voltei para meu quarto, só sai dele para buscar algo para comer.

— Por que eu tenho que acreditar em você?

Yuzuha se deu por vencida após essa frase.

Ela poderia se explicar um milhão de vezes, inventar mil histórias, mas nada a livraria dos socos que ela tomaria agora.

— Um dia ela vai saber o que você faz comigo... então pense bem onde bater. - Usou o pouco de coragem que lhe restava para dizer aquelas palavras.

A sobrancelha de Taiju se arqueou, aquelas palavras tinham soado como se fosse um desafio. "tente me bater em algum lugar que a sua Deusa não veja, porquê eu vou fazer questão de mostrar os hematomas para ela"

— Que desafio mais fácil, irmãzinha.

E então ele simplesmente a jogou contra a parede, como se não fosse nada.