Minha pequena idade sombria

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Arya saiu da sala, em passos duros, grandes, com lágrimas caindo, empunhalando a espada. Chegou lá fora, o vento esvoaçou seu cabelo, o ódio borbulhando em seu olhar. No momento em que ela saiu lá fora Dreamfyre e o dragão de Jaehaera rugiram e lançaram chamas.

-A TODOS DE WINTERFELL--Arya gritou, chamando a atenção --DECLARO GUERRA A AEGON II --Arya berrou a todos--COM FOGO E SANGUE. --o ódio saia de seu olhar e saia despejado em palavras -- OUÇAM TODOS. --Arya tirou sua espada da bainha e a levantou no ar--AQUELE QUE JURAR LEALDADE A AEGON SERÁ MORTO, AQUELES QUE FICAREM, LUTARAM. EM NOME DOS SETE REINOS, EM NOME DA RAINHA, EM NOME DO NORTE! EM NOME DOS STARK E TARGARYEN!! EU, ARYA DA CASA STARK E TARGARYEN, PRIMEIRA DE MEU NOME, RAINHA POR DIREITO, DO MEU NASCIMENTO E DO MEU SANGUE, DECLARO A AEGON MINHA VINGANÇA. DECLARO FOGO E SANGUE AOS VERDES.

Helaena saiu lá fora, com o vento gelado batendo em seu rosto quase congelando suas lágrimas que antes eram quentes.

Os senhores de Winterfell se ajoelharam perante a rainha. Nunca haviam visto Arya nesse estado, mas agora viram a face da rainha, a mãe tivesse piedade de Aegon.

Catherine foi na janela de seu quarto, junto de Jaehaera.

-Mamãe declarou guerra? --Jaehaera indagou com medo--

Catherine olhou Arya, tudo nela indicava que sim, e ela não iria parar até a morte de Aegon, custasse o que for.

-Apenas irá continuar um legado. --Catherine respondeu-a--

Os gritos alcançaram o norte, as chamas dos dragões flamejavam junto ao ódio de Arya.

Brienne foi ao seu lado, se ajoelhou, deixem um lobo vivo e o rebanho de ovelhas não estará a salvo.

Arya olhou Helaena, a única que recebeu um olhar suave. Helaena criou coragem em seu peito e foi ao lado da esposa, pôs a mão na dela, levantou mais ainda a espada para cima. Estava declarada a vingança.

-Nenhuma palavra que eu lhe disse irá lhe parar...--Helaena apertou sua mão--Mas não me deixe lhe perder, nem a nossos filhos.

Arya olhou pra ela, apertou mais ainda a espada.

-Não irei falhar. --Arya exclamou--

Daemon e Rhaenyra podiam ter morrido, mas deixaram frutos, frutos que dariam gloriosos lucros. O legado deles não estava morto, não fora despedaçado ou despencado, ainda vivia, como um dragão soltando chamas.

Arya jurou a si mesma, protegeria seus filhos, sua esposa, sua irmã. Mas teria a cabeça de Aegon.

-Brienne de Tarth. --Arya a chamou--

Brienne foi até ela.

-Vossa Majestade...--Brienne disse--

-Qualquer um que entrar em Winterfell, tem ordem para o matar. Se pedirem de Helaena ou de algum de meus filhos quero que mate, bote guardas nas entradas, até nas passagens secretas. --Arya a olhou séria--

A mão da rainha foi até ali fora, Jamie, seu olhar referente a Brienne sempre era suave, mas hoje ele não conseguia suavizar o olhar para ninguém.

-Como quiser, sua graça--Brienne chamou alguns cavaleiros e foram obedecer as ordens que Arya impôs--

Arya olhou Jamie, entortou a cabeça para o lado sinalizando que precisavam conversar.

-Lena. --Arya chamou a esposa--

Helaena a acompanhou até a sala.

-Encontrem Aegon III e Viserys II. --Arya disse a mão--

-Minha rainha, tens certeza disso? --Jamie olhou-a--

Arya se lembrou de cada momento com o pai, com suas mães, o sofrimento de Helaena, a dor que amargava sua boca e lhe dilacerava naquele momento, então com toda frieza e ódio, ela concluiu:

-Terei a morte de Aegon, nem que meu reino se torne de Helaena. Um olho por um olho, uma mãe por uma mãe. --Arya disse e olhou Helaena--

-Arya...--Helaena entendeu--

-Dessa vez não há piedade, Helaena. --Arya apertou as mãos--Sua mãe arruinou a sua vida, arruinou a da minha mãe, estragou um reino!

Helaena lembrou de tudo que sua mãe havia lhe feito, não havia perdão, não havia como perdoar alguém que apoiou a usurpação e seu próprio filho estuprar sua filha, deixar sua vida feliz e por sua ganância lhe tirarem a vida de Jaehaerys.

Helaena concordou com a cabeça tomando toda a coragem necessária.

-Que o rei tenha uma vida curta. --Helaena teve ódio no seu olhar naquele momento--

-Mandaremos mata-lá?--Jamie indagou--

-Não, o troco será na mesma moeda. Os dois lados tem de ser iguais. --Arya olhou Helaena, quando ela assentiu com a cabeça Arya deu um leve sorriso--Rhaenyra foi morta covardemente, Lucerys foi morto covardememte. Quero que tragam a rainha até mim. Irei terminar o A que risquei na cara dela junto de sua vida.

Helaena engoliu em seco, sabia que Arya era uma tremenda assassina se quisesse, mas esse seu lado sanguinário nunca veio tão a tona como viera nesse momento.

-A guerra será silenciosa. Aquele desgraçado está mais moribundo que o próprio dragão, então não terei piedade alguma. --Arya acendeu uma vela para iluminar o mapa-- Descubram onde ela está, quero que a tragam viva, e a tragam pelas costas do Norte, quando chegarem a prendam no calabouço escuro, quero ela acorrentada, sem água, sem comida, com correntes curtas o bastante para a fazer enlouquecer naquela prisão e apertadas para lhe deixarem na carne viva. Depois da morte da rainha, o rei irá sentir, e seu sangue irá correr.

Helaena se surpreendeu por duas coisas : a inteligência astuta de Arya, e segundo, o quão sádica ela poderia ser...Aegon não esperava que a suposta bastarda iria ser um problema.

Abra o olho, minha pequena idade das trevas, o mundo irá cair em suas mãos quando o corpo de Aegon se ajoelhar sem cabeça.

Arya pegou uma pena e tinta, um pedaço de Pergaminho e começou a escrever nele:

"Caro Aegon, a guerra ainda não acabou, o nome de nossa mãe será vingado, com fogo e sangue e com o sombrio inverno que está chegando. Quando esse corvo chegar a você, se prepare, isso será uma guerra lenta e silenciosa, até você ter idade suficiente para tomar o trono. Eu, Arya Stark Targaryen, sua meia irmã, declaro meu apoio e meu sangue para lhe ajudar. Isso não acabou, Aegon II será morto."

*

No nono dia da décima lia de 130 DC, o dragão dourado de Aegon II que estava em um estado crítico acabou morrendo no pátio externo de DragonStone. Sua graça chorou e deu ordem para que sua prima, a senhorita Baela fosse trazida da masmorra e executada. Foi apenas quando a cabeça dela estava no cepo que o rei mudou de ideia, depois de seu Meistre lembrar que a mãe da menina era uma Velaryon, filha do próprio Serpente Marinha. Outro corvo foi enviando a Derivamarca, agora com uma ameaça; se Alyn de Casco não se apresentasse em uma quinzena para se submeter a seu legitimo soberano, a prima dele, senhorita Baela, seria decapitada.

Enquanto isso, na margem ocidental da Baía de Água Negra, a lua dos três Reis chegou a um fim abrupto quando um exército apareceu diante das muralhas de King's Lading.

Pé Torto foi enviado até o outro lado do rio sob uma bandeira de trégua acompanhado do grande Meistre Orwyle e da Rainha viúva Alicent.

O senhor de Ponta Tempestade os recebeu em um pavilhão instalado na margem da mata de Rei. Ali, a rainha Alicent recebeu notícias que seus netos estavam vivos, lágrimas de felicidade exalaram, mas foram caladas aos saber do casamento da filha.

-A rainha a tomou? --Alicent pensava que Helaena estivesse morta--

-A rainha do norte tem ela, e as crianças mas podemos tentar matar-las

-Não! Deixem as crianças vivas! Se puder acabe com os Stark. --Alicent disse--

-Inclui a Rainha Helaena?

-Talvez ainda haja salvação para ela...--Alicent exclamou --

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