Terras Infernais

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voltei de novo, depois de um longo sumiço kkkkk eu não abandonei vcs, so havia perdido o dom da escrita rsrsrs

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Inês revirava seus livros atrás de algo que pudesse acordar Marcia, mas não conseguia se concentrar em nada, pois sua mente estava tão confusa, de uma forma que nunca esteve antes. Ela não entendia o porquê o medo de perder Marcia doía tanto, na verdade ela sentia mais medo do que estava começando a sentir, Inês tinha o amor como uma fraqueza, e ela não podia ser fraca em momento algum.

Enquanto isso, em algum lugar estranho, a alma de Marcia acordava. Era tudo muito estranho, ela tinha a sensação de estar flutuando em um rio, mas não um rio normal, era um rio muito quente, pois sentia seu corpo queimar. Aos poucos ela vai abrindo os olhos e forçava a mente para lembrar o que havia acontecido, aos poucos ela vai sentando e começa a olhar ao redor, era um lugar estranho e sombrio e muito silencioso. A sua frente havia um enorme rio, com aguas escuras e sem movimento, ao longe desse rio, ela pode ver uma gondola se aproximando.

Marcia fica rapidamente em pé quando ouve uma voz familiar ecoar por todo o lugar, era a voz de Inês, ela falava umas palavras estranhas, em uma língua estranha, mas que davam uma sensação de conforto. Ela olhava rápido ao redor para ver se encontrava a dona da voz, mas nada, era tudo vazio. Ela para de procurar por Inês quando vê a gondola chegar a margem do rio, dela desse uma criatura usando uma capa preta com um capuz. Não dava para ver o que era, pois estava longe, Marcia já se preparava para correr, quando a criatura retira o capuz, e mostra uma forma humana.

Era uma mulher alta e magra, sua pele era pálida e seus olhos eram claros como a luz da lua, seus cabelos iam até a altura cintura e eram vermelhos como o fogo. Ela era assustadoramente linda. A mulher caminhou até ficar frente a frente com Marcia, seus olhos pareciam ler os medos e agonias dela, era assustador, mas ao mesmo tempo acolhedor. A mulher fecha os olhos por um breve instante, respira fundo, como se quisesse sentir o cheiro do medo de Marcia, então sorri e a olha novamente, aquele olhar que causava medo. Então em um lapso de coragem Marcia fala

- Quem é você?

- Eu sou Ament deusa dos portões do submundo, ou do inferno. Como você resolver chamar.

Márcia sentiu seu coração acelerar, então quer dizer que ela havia morrido e estava no inferno? Mas como ainda podia ouvir a voz de Inês. Ela não podia morrer, e o que ela fez de tão mau para ir para o inferno? A deusa ouvia os pensamentos de Márcia e parecia se compadecer do desespero dela.

- Calma, você não morreu minha jovem, não ainda. - Marcia olhava confusa para a deusa - Inês acabou de lançar um feitiço em seu corpo, e é isso está te protegendo aqui. Eu só não consigo entender o porquê você chegou até aqui, se você está viva. Isso tem algum propósito maior. Ninguém vem para o submundo sem que eu vá buscar.

A deusa falava olhando para Márcia que estava imóvel, parecia que estava congelada. No fundo da mente da policial a voz de Inês se fazia presente, e uma palavra fez Márcia lembrar do porquê chegou até ali.

- Foi a Boiuna - Márcia diz em um sussurro

- O que você disse?

- Boiuna, foi ela que me atacou. Eu lembro, Inês disse que ela fugiu das terras infernais e...

Antes que Marcia conseguisse concluir a fala, Ament interrompe com uma cara de espanto e desconfiança

- Impossível, ninguém foge das terras infernais a milhares de anos. E se acontecesse isso Ticê já teria ido atrás. E para sair das terras infernais tem que passar por mim. E ninguém passou.

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