UM PASSO A FRENTE

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VOLTEEEIIIII... FALEI QUE NÃO IA ABANDONAR VOCÊS MEUS AMORES E MINHAS AMORAS.... APROVEITEM... AH, E DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDO PARA EU SABER COMO CONTINUAR RSRRSRSR BEIJINHOS

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Marcia foi pega totalmente despreparada com a declaração de Inês, suas palavras simplesmente se prenderam na garganta a impedindo de gritar de felicidade, talvez isso até tenha sido bom, porque se ela gritasse talvez Inês não gostasse muito. Como uma forma de demostrar a felicidade que sentiu Márcia puxou Inês para um abraço apertado, onde as batidas de seu coração cantavam uma melodia romântica explanando tudo o que sentia naquele momento. Tudo parecia em câmera lenta, a natureza parecia ter parado para presenciar o nascimento daquele amor, o Silêncio parecia querer ouvir os corações batendo em harmonia, e o sol iluminava de forma tímida os corpos abraçados, como se quisesse perpetuar aquela cena.

Com o passar do tempo as lágrimas de Inês começaram a cessar e aos poucos ela foi se acalmando, aquela dor que se fez presente anteriormente foi mandada para o espaço, Márcia fazia carinho e brincava com os negros cabelos de Inês, mas sem a soltar de seus braços, pois sua maior vontade era permanecer assim para sempre. Tudo parecia perfeito, tudo parecia possível desde que estivessem juntas, mas Márcia sabia que tinham muitas coisas para resolverem, então, infelizmente precisavam se soltar uma da outra, mas antes precisava saber como Inês estava, se já estava pronta para ser solta.

- Está mais calma meu amor?

Aquelas palavras pegaram Inês de surpresa, ela sabia que havia acabado de se declarar para Márcia, mas não esperava que ela revidasse dessa maneira, já que havia ficado em total silêncio após ouvir ela dizer a amar. Ela entendeu no abraço que o sentimento era recíproco, mas ainda assim, ouvir em palavras era diferente, seu coração se aqueceu de uma forma nunca vista ou sentida antes. Seus olhos lacrimejaram novamente, só que dessa vez foi de alegria, um sorriso lindo e largo brotou em seus lábios e então se afastou um pouco de Márcia para pode a olhar direito

- Do que você me chamou?

- De meu amor. Porque? Não gostou?

Márcia fala sorrindo, mas com uma pontinha de medo de ter se adiantado de mais.

- Não é isso, claro que gostei. Só não estava esperando.

- Então trate de se acostumar, porque quando quero, sei ser uma pessoa bem brega para dar apelidos carinhos. Ainda mais se tratando da mulher que amo.

Novamente aquela palavra, uma simples palavra, mas que parecia fazer tremer o universo, aquecia o coração, gerava dopamina pura, era algo diferente, que não havia bem como explicar em palavras. Se fosse a um tempo atrás, Inês estaria em desespero em ouvi-la, mas agora, essas palavras se tornaram algo que ela queria dizer cada vez que olhava para Márcia, é como se só agora elas fizessem sentido.

Inês sorri e deposita um beijo no canto dos lábios de Márcia, era um beijo casto, sem maldade, sem segundas intenções, mas que explodia em sentimentos. Márcia vira um pouco o rosto e faz com que seus lábios se encontrem, iniciando um beijo calmo, quente, carinhoso, puro. Quando seus lábios se separam, Márcia faz um pequeno carinho da bochecha de Inês, e suspira fundo, fechando os olhos.

-Eu poderia ficar assim com você o dia todo que não enjoaria. Mas acho que temos coisas a resolver. E se a senhorita não percebeu, eu ainda estou quase nua abraçada a você, e mesmo sentindo o calor do seu corpo e do sol, estou com frio. E, se a Camila entrar aqui e nos ver assim? Já imaginou?

Inês começou a rir de uma forma gostosa só de imaginar o escândalo de Camila, ela não iria mais dar sossego para elas nunca mais. Inês olhou em cima da cama e então viu o pijama que havia deixado na noite anterior para Márcia vestir, mas aparentemente ela dormiu antes de colocar as peças, instintivamente seu olhar se voltou para o corpo da mais nova, um sorrisinho de canto surgiu em seus lábios.

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