Ament

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voltei o mais rapido que pude... boa leitura

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Após Marcia retornar das terras infernais, seu corpo ainda estava muito quente, o suor parecia evaporar, mas sua aparecia era de tranquilidade, o que acalmava Inês. Ament ainda se encontrava no quarto, e mesmo não querendo quebrar o clima que estava ali, ela precisava chamar a atenção de Inês. Então de forma engraçada ela pigarreia antes de começar a falar

- Marcia vai demorar uns minutos para voltar a temperatura normal, e retomar bem a consciência. Aconselho a deixar descansar por um tempo – Inês havia ficado em pé, e prestava atenção em tudo o que a deusa dizia – após, faça algo leve para ela comer, mas que tenha proteína, pois ela precisa recuperar muito as forças, um chá de hortelã com cravo vai ajudar a conter o enjoou que ela sentira após comer.

- Pode deixar que vou cuidar bem dela, tem mais alguma coisa que eu possa fazer?

A deusa só balança a cabeça de forma negativa, e olha para Marcia de forma carinhosa, sua força era admirável, e saber que o que movia tudo isso era amor, chegava a ser até emocionante. Ament volta novamente a atenção para Inês, pois precisava retornar ao submundo, pois tinha muitas coisas para resolver por lá, e também queria ver como estava Ticê.

-Bem minha menina, eu preciso ir agora, mas fique calma, lembre-se que você nunca estará sozinha

Inês encheu os olhos de lagrimas, pois, a vida toda se viu só, nunca imaginou que tinha forças maiores cuidando dela de uma forma tão carinhosa, com um amor tão puro quanto o de mãe. Ao perceber que Inês Iria chorar, Ament abriu os braços e ofereceu amparo para a mesma, que nem pensou em recusar e se jogou naquele abraço que parecia curar.

-Me desculpa ter sentido medo de você, me desculpa ter duvidado que você me protegia, e obrigada por tudo

Ament só ouvia o que Inês dizia, pois sabia que a mesma necessitava desabafar e que embora sempre se mostrasse forte, ela precisava de colo nesse momento, e ela como uma boa tia babona, nunca negaria isso.

-Você não tem do que se desculpar minha menina, nem agradecer, eu sempre estarei aqui...

Inês se solta do abraço, e Ament de uma forma carinhosa seca as lagrimas que ainda teimavam em rolar pela face da bruxa

-Minha pequena, sempre estarei aqui, mas agora realmente preciso ir, mas antes quero te dar um conselho de tia, e espero muito que você o siga – Inês olhou nos olhos de amente e concordou com a cabeça – não tema o amor, não tema se entregar, se permita, deixe que a humana faça morada em seu coração, pois você já está morando no dela. Tem questões que só o amor responde e dores que só o amor cura. Não se prive por medo de sofrer, pois assim você sofrera mais.

Ament sorri de uma forma doce para Inês, e antes que a bruxa pudesse dizer algo ela sumiu. E novamente tudo congelou e rapidamente voltou ao normal. Inês suspirou fundi e puxou uma cadeira para se sentar próxima a cama que Marcia estava. Tinham muito o que conversar, mas também sabia que ainda não era a hora.

-como você se sente Marcinha? Sente alguma dor? Algo que te incomode?

Marcia olhava para Inês de uma forma diferente, com um carinho diferente, e ao ouvir ser chamada de Marcinha não pode deixar de sorrir

-Eu estou bem, me sentindo um pouco cansada, mas nada muito, agora meu corpo já está mais fresco também, porque quando diziam que o inferno era quente, eu duvidava, mas agora sei que realmente é tenso.

Inês não pode deixar de rir da fala da policial, pois mesmo após tudo o que passou ela ainda conseguia fazer piadas.

-Eu fiquei tão preocupada com você Marcia, não me perdoaria se acontecesse algo com você, me senti tão impotente quando não consegui...

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