TAKE ME HOME | SEULRENE

INALCANÇÁVEL

- Eu estou surpreso com a sua vinda.

- Eu não deixaria você levar Karina tão fácil Siwon. – respondeu Seulgi vendo o homem fechar a porta do seu quarto.

- E o que te faz achar que, sua presença aqui na minha casa, me intimidaria a ponto de devolver aquela bastarda para você?

- Você não sabe nada sobre ela, você não a ama, você não se importa com ela!

- Exatamente. Mas eu adoro pisar em Joohyun. Eu adoro pisar e esmagar qualquer um que tente me vencer! Acho bom que tenha algo que valha o tempo que estou perdendo com você nesta tarde. Algo que não faça eu acabar com esse seu rostinho por não ter feito o que eu mandei na Blanc!

Eu estive aqui, nove anos atras, mas, me lembro exatamente de cada detalhe deste quarto por mais que tenha ficado aqui por alguns minutos.

A cama era a mesma, os quadros na parede eram o mesmos, mas, contavam com a inclusão de novos, o carpete era o mesmo e até o cheiro de cigarro grudado nas cortinas era o mesmo que me fazia embrulhar o estomago toda vez que sentia esse cheiro.

O trauma faz isso.

Faz a gente guardar todas as piores sensações dos eventos traumáticos.

Se eu estou assim, imaginem uma possibilidade em que Joohyun tivesse de voltar aqui...

Seria doloroso e ela provavelmente não suportaria e por isso, eu tinha que estar aqui e acabar com tudo isso de uma forma nada decente.

Enquanto ele fala sobre suas conquistas idiotas, fala sobre seu corpo, fala sobre suas riquezas, sobre seus seguidores e suas ambições o meu cérebro trava.

Eu só consigo sentir raiva.

Ódio.

Desejo.

Desejo de pegar qualquer um desses vasos caros e quebra-los na cabeça dele e usar cada um dos cacos para cortar aquelas mãos que, um dia, fizeram mal para a mulher que amo.

Por ora, se jogasse o vaso em sua cabeça fazendo-o apenas calar a boca, já seria suficiente.

- Onde está Karina? – perguntou Seulgi.

- Provavelmente dormindo. Aquela garota idiota não parou de chorar desde que saímos da escola. – respondeu Siwon colocando whisky em um copo para ele e Seulgi.

- Normal... eu também choraria se tivesse de vir para esse lugar. Como você sabia da apresentação?

- O velho Bae esqueceu de mudar a privacidade de sua postagem e devo agradecê-lo por isso. Meu pai queria uma solução rápida e as redes sociais nunca decepcionam. O velho estava tão emocionado com a apresentação da bastarda que... chegou a ser comovente para não dizer patético.

- Você ainda tem muito medo do seu pai, não é? – provocou Seulgi.

- Não diria que tenho medo. Mas, eu tenho que fazer o que ele quer, se quiser ter muito sucesso na minha carreira. O velho comanda o congresso Kang, com os contatos dele, eu logo serei um grande astro do cinema coreano e depois, é um passo para o estrelato mundial.

- É medo sim. Acho que, sua busca para o estrelato é tão avida porque você quer se livrar dele o quanto antes... – sugeriu Seulgi vendo o homem desconcertado.

- Você acha que sabe algo sobre mim não é Kang? Então eu vou te poupar o trabalho de ter essas suposições idiotas. Sim, eu quero muito sair de perto desse ambiente de politica e religião. Quero poder fazer o que quero sem avisá-lo sobre meus passos. Ele não gostou nada da ideia de ser ator mas, era o que eu poderia fazer para mostrar que poderia ser um cara rico fora da política e dos negócios da família. E eu estava indo super bem até você e Joohyun aparecerem e estragarem tudo.