O apartamento de Nikolai já estava quase completo, só faltava alguns livros.A mudança para ele foi algo libertador mas estranha também, ele que sempre foi acostumado a ficar com seus pais grande parte do tempo agora estava sozinho, é irônico querer a liberdade sendo que quem se prende é você mesmo, querer ficar sozinho mas não querer estar sozinho, sentimentos complexos qual Nikolai sonhava em se desvincular.
No andar de baixo seus pais o esperavam para a despedida os mesmos iriam voltar a Moscou em pouco tempo.
— Me mande mensagens todos os dias Nik! - sua mãe o abraçou sorrindo.
— Claro mãe - ele acenou com a cabeça.
— Quem sabe aqui você encontra uma noiva em - seu pai o olhou sorrindo de canto tirando um riso sem graça de Nikolai.
Ele já havia dito a seus pais que não queria se casar, ainda mais se fosse com uma mulher, e seus pais sabiam do fato no entanto os mesmos fingiam não saber, sempre empurrando mulheres e moças para cima de Nikolai, que sempre as rejeitou e a última que seus pais o apresentaram foi uma semana antes, ele sabia que eles não o aceitavam este talvez seria um dos motivos de querer se desvincular dos sentimentos, ele sempre sentia que havia algo de errado consigo, como se ele fosse algum tipo de estranho.
— Provavelmente não Папочка - ele disse sem graça.
— Você ainda achará uma boa moça, filho, não se preocupe, você ainda é jovem - sua mãe sorriu colocando a mão em seu ombro.
— Bem agora vamos indo, nós falamos Nik - seu pai sorriu.
Ele sabia o motivo de estar ali não era apenas a faculdade, mentir, mentir e mentir, ele era um boneco perfeito, mas odiava o fato de não poder fazer nada, seu pai era o marionetista de sua vida e agora o alvo da marionete era Fyodor Dostoevsky.
Seus pais saíram do Hall do prédio o deixando ali sozinho com sua caixa cheia de livros. Gogol pegou a caixa e subiu para seu apartamento, ainda no elevador o mesmo pensava o que faria no restante do dia, eram apenas três da tarde e bem quase tudo no apartamento já tinha sido arrumado.
— Você é novo aqui? - Nikolai olhou para o lado saindo do elevador e viu um homem com o cabelo metade lilás e metade branco.
— Sou sim - ele sorriu - muito prazer sou Nikolai Gogol.— Sou o Sigma, o prazer é meu- o homem sorriu - se precisar de ajuda pode me falar.
— Obrigada bem, tem uma coisa que você poderia me ajudar mesmo…O céu estava limpo, sem nuvens, apenas o lindo céu azul que aparece no inverno. Fyodor apreciava a visão tomando seu chá no jardim, ao seu lado, um lindo exemplar do livro "The Hamlet" a mansão estava vazia, e as aulas apenas iriam começar na outra semana, então eram os últimos dias para descansar e colocar todos os pontos no lugar.
Os pensamentos de Dostoevsky foram interrompidos pelo som de um carro parando em frente ao seu portão, o mesmo se dirigiu até a porta da mansão dando de cara com Sigma e Nikolai.
— Boa tarde - Fyodor sorriu sem muita animação.
— Fedya! - Nikolai pulou em cima de Fyodor.
— Fedya? - Sigma disse tanto surpreso com a reação de Nikolai quanto com o apelido.
— Sim, um apelido carinhoso para Fyodor - Gogol sorriu.
— Obrigada pela atenção mas pode sair de cima de mim? - Fyodor disse mantendo a postura.
Nikolai estava parado em cima de si, com as mãos ao redor do corpo de Fyodor.
— Claro - Nikolai se levantou e ajudou Fyodor.
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𝓓𝓸𝓾𝓬𝓮 𝓐𝓶𝓮𝓻𝓽𝓾𝓶𝓮 (Fyolai)
RandomNikolai por ordem de seu pai se muda para uma pequena cidade, e lá ele conhece diversas pessoas em meio delas Fyodor Dostoevsky. No entanto ele não sabia onde estava se metendo ao apenas admirar a beleza angelical de Fyodor, traições, vinganças...