Complicações

603 60 307
                                    



Delegacia de polícia - 18:32

--- Você simplesmente saiu da cena do crime para ir comer bolo na padaria? - Kunikida disse irritado.

— O que tem? - Ranpo disse sem entender.

— Eu te mandei para lá para você investigar Ranpo! - Kunikida disse se sentando na cadeira.

— Eu investiguei.

— E o que descobriu? - Doppo disse um pouco mais animado.

— O assassino já está planejando isso a muito tempo, e minha principal suspeita é Fyodor Dostoevsky - Ranpo disse colocando os pés sobre a mesa.

— Fyodor? O coordenador do curso de direito? O benfeitor da faculdade? - Kunikida disse intrigado.

— Esse é o problema de vocês! Só por uma pessoa fazer algumas coisas boas ela é automaticamente inocente!

— E porque suspeita dele?

— Fyodor apareceu do nada a dois anos atrás, e logo ganhou a simpatia de todos aqui nessa cidade, e diz ter ficado em um colégio interno desde a morte de seus pais, mas ele N-u-n-c-a disse em qual colégio. Também investiguei seu passado e é como se ele não existisse! Não tem registros de nada, e claro seus pais morreram de forma misteriosa.

— Está querendo dizer que ele está buscando vingança? - Kunikida disse entendendo a teoria de Ranpo.

— Acho sim, sem falar que um dono de orfanato foi morto a dois anos atrás. Um orfanato conhecido por abrigar crianças ricas que perderam os pais, isso não é no mínimo suspeito para você? - Ranpo disse sorrindo.

— Vamos investigar Fyodor a partir de agora.

— Acho certo - Ranpo se levantou indo até a porta - e não duvide do melhor detetive do mundo.

  Ranpo fechou a porta com um sorriso convencido no rosto.
  Edgar o esperava na porta da delegacia e ficava observando as pessoas passando de um lado ao outro.

— Voltei - Ranpo disse dando um tapa nas costas de Edgar.

— O que o Kunikida disse?

— Ele vai investigar o Fyodor para termos provas concretas.

— Ata - Edgar disse sem muita animação.

— Poe você tá estranho desde ontem, reage! - Ranpo disse fazendo um sorriso no rosto de Edgar com a ponta dos dedos.

— Eu só estou desanimado.

— Tem algum motivo?

— Não sei explicar direito, mas eu estou querendo sair dessa vida de investigação - Edgar disse andando para fora da delegacia.

— Como assim Poe? - Ranpo disse assustado.

— Nós damos a vida nesse trabalho, e assim perdemos a vida - Edgar suspirou derrotado - às vezes eu só queria ter uma vida normal como as outras pessoas.

— Nós temos uma vida normal - Ranpo disse andando ao seu lado.

— Não, não temos uma vida normal Ranpo! Quase sempre temos que acordar muitas vezes no meio da noite para investigar assassinatos, não podemos falar com ninguém sobre nosso trabalho e somos proibidos de ter relacionamentos com qualquer pessoa já que a mesma viraria alvo de criminosos!

— Mas nós temos um ao outro Edgar… - Ranpo sorriu - melhores amigos para sempre lembra?

— Você não entende Ranpo - ele olhou para o amigo sorrindo tristemente - é oficial após descobrirmos o culpado do massacre na mansão, eu vou sair desse trabalho.

𝓓𝓸𝓾𝓬𝓮 𝓐𝓶𝓮𝓻𝓽𝓾𝓶𝓮  (Fyolai)Onde histórias criam vida. Descubra agora