O último suspiro

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    Os convites tinham sido enviados para todos os membros do grupo extremista, desde Japão, Alemanha e Inglaterra ao Brasil, México e Canadá.

— É hoje - Ranpo disse sentado ao lado de Poe.

— Eu sei e nós não conseguiremos impedir - O homem suspirou derrotado.

— Apenas podemos mandar alguns policiais mas vai ser inútil…

— Se eles sabem desse ataque porque vão para esse baile ou porque não mataram Dostoevsky antes? - Poe disse acariciando Karl.

— Eles acham que vão ganhar e claro tem o ego inflado, já sobre a morte antes não o poderiam fazer, Dostoevsky tem grandes aliados no mundo sombrio, por baixo desse iceberg da sociedade, a morte dele causaria a eles diversos problemas com gangues e máfias.

— Como sabe?

— Isso é meio óbvio Poe - Ranpo riu.

— Desculpa super detetive - Poe riu fazendo cócegas em Ranpo.

   Eram já seis da tarde, os primeiros convidados chegavam ao salão de baile de Fyodor, tudo estava decorado lindamente, passava um certo ar de um baile Londrino Vitoriano na época do verão. Fyodor estava em seu quarto limpando o rosto pelas lágrimas de um sentimento misto de felicidade, raiva, ódio e tristeza.

  Tudo estava pronto, as oito e meia da noite os atiradores começariam o massacre do alto das janelas, haviam também assassinos se passando por convidados e diversos sensores de movimento que atiraram sozinhos pelo salão, era quase impossível alguém sair vivo dali.

— Entregou minhas cartas ao correio - todas eram para Nikolai.

— Entreguei mas o senhor não precisa fazer isso… Ainda dá tempo de voltar atrás e fugir daqui - William disse com uma pequena faísca de esperança.

— Não tem mais como fugir desde meu nascimento esse seria meu destino - Fyodor dizia olhando seu reflexo no espelho.

— Mas e senhor Gogol? A faculdade, seus livros vai deixar tudo para trás jovem mestre - William dizia tentando o convencer.

— Mesmo se eu desistisse agora seria inútil por dois pontos, o primeiro é que o pai de Nikolai vai tentar o matar o segundo é que eu não posso viver sabendo que esses vermes estão vivos.

— Mas o senhor nem sabe se estas pessoas irão vir senhor!

— Eles irão com certeza, não são todos é claro mas virão, muitos desejam minha morte e outros nem fazem ideia do que planejei.

— Eu morrerei com o senhor assim então provando minha lealdade!

— Não faça isso William, você pode viver em paz.

— Não irei, minha família vem sendo o braço direito dos Dostoevsky's desde os primórdios e morrerei como um aliado da sua família, meu Lord.

Fyodor apenas sorriu para William, ele sabia que não daria em nada insistir no contrario.

Os convidados chegavam aos poucos, mulheres e homens loiros, morenos, ruivos, e de todas as nacionalidades. Porém os que realmente queria matar era a família Russa e Inglesa, todos muito elegantes com seus vestidos ternos e outros acessórios altamente de grife. Pela janela logo Fyodor viu Ranpo, Poe, Chuuya e Dazai ele logo se assustou, Dazai e Chuuya não foram convidados, pois Fyodor sabia que eles o tentariam o impedir de qualquer maneira.

— Sigma pode ir embora daqui - Fyodor suspirou.

— Mesmo que eu te odeie e você tenha ferido Nikolai ficarei em serviço, esses idiotas merecem morrer e eu sou o líder dos ratos - ele se referia aos assassinos.

𝓓𝓸𝓾𝓬𝓮 𝓐𝓶𝓮𝓻𝓽𝓾𝓶𝓮  (Fyolai)Onde histórias criam vida. Descubra agora