Cap. 5 - O desespero

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*Alerta de gatilho

- Eu também te amo Lila! - Luísa envolveu o corpo da melhor amiga nos braços, apertando com carinho.

- Ei, assim eu fico com ciúmes! - Maiara se fez presente na sala, abraçando a Marília assim que a esposa largou a loira, ela abraçou.

- Hey Mai, que saudades! - Marília cumprimentou a amiga que sorriu. - Fiquem à vontade, mi casa es su casa.- as três mulheres riram.

- Já sabe o resultado? - Luísa perguntou, e antes que Marília pudesse dizer alguma coisa, foi interrompida pelo irmão.

- Lila! - João Gustavo exclamou feliz ao entrar na casa da Irmã, circulando a cintura de Marília, abraçando com carinho.

- João! Meu amor que saudades. - Marília apertou o corpo gordinho do irmão contra o seu, acariciando os seus cabelos.

- Mi hija!

- Mama! - A latina largou o corpo do irmão e grudou o da mãe, aspirando o cheiro materno, que a muitos dias não sentia, Marília sentiu seus olhos marejarem, mas segurou a vontade de chorar por esta na presença de todos.

- Está tudo bem, filha? - Ruth sussurrou no ouvido da garota que assentiu mesmo com dificuldade, soltando-se do corpo da mãe, sorrindo pra ela.

- Tudo ótimo mãe, Oi Deyvid. - Marília abraçou o homem musculoso de quase dois metros de altura, embora já estava um pouco velho, Deyvid era um homem muito bonito, não era atoa que João Gustavo era maravilhoso aos olhos de Marília.

- Oi minha menina, como está? - acariciou as costas da mulher que se sentia uma criança sendo tão mimada.

- Estou bem, Luísa, as meninas não vem? - Marília perguntou quando todas as pessoas da sala andavam em passos curtos até a ala de jantar.

**

- Alice está com a garganta raspando e Bruno faz aniversário hoje, então Lauana pediu desculpas. - Marília assentiu pela resposta de Luísa.- E Maraisa, plantão.

- Ela me disse.

Nada mais foi dito, quando a família de Marília entrou na sala, acompanhados das amigas do casal, Zaida e Luísa não se suportavam, e ficavam se olhando feio o tempo todo.

- E aí, cabrito, como vai? - Luísa riu do amigo apertando a mão dele.

- Vou bem ansioso Luísa e vocês? - esperou a resposta e logo foi abraçar a sogra, a cunhada, Maiara, e falar com Deyvid.

Logo as pessoas estavam em volta da grande mesa de jantar, Zaida exigia a Murilo que sentasse na ponta da mesa, mas óbvio, do lado oposto em que o casal costumava sentar.

Murilo puxou a cadeira ao lado da quina para que Marília sentasse, mas ela logo negou, se sentando por conta própria na ponta, onde sempre sentava, sempre quando sua sogra não estava ali.

Zaida deu um olhar ameaçador para o filho, que temeu olhando para a esposa.

- Não quer sentar ao lado da sua mãe, amor? - Marília percebeu a jogada da mais velha, rindo por dentro, seu marido exigia na presença da mãe um poder que ele nunca tinha.

- Não meu bem, estou confortável no meu lugar de sempre. - Marília sorriu acariciando a mão cheia de veias do rapaz, que sorriu amarelo e se sentou ao lado da sogra.

- Então.. Como está fazendo para trabalhar agora, Lila? - Maiara perguntou para a amiga que sorriu tirando o olhar da sogra que a encarava com um pouco de desconforto e se direcionou a Maiara.

- Estou trabalhando em casa por enquanto, Mai.

- Se não pode sair de casa para trabalhar, não deveria estar na cama querida? - A voz arrogante de Zaida surgiu a mesa.

Um caminho para o destino | Malila Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora