coletânea de vegaspete

cala a boca, pete

Sinopse: Pete bêbado é um Pete que não cala a boca, para vergonha de Vegas.

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Cala a boca, Pete.

Vegas queria saber porque porra ele aceitou acompanhar o namorado nessa tal festa, poderia estar em casa dormindo e que Arm cuidasse de Pete, ele quem convidou o irmão mesmo. Mas não, Vegas como um bom namorado foi acompanhar o seu bonitinho amorzinho de sua vida na maior paz e consideração.

Até Pete inventar de encher a cara. 

Puta que não o pariu, Vegas odiava ver o namorado beber porque Pete bêbado era micão na certa, vergonha horrível de inúmeros tamanhos. Mas Vegas nunca iria obrigar o namorado a parar de beber, direitos meus amores, cada pessoa tem o direito de fazer o que quer e Vegas respeitava isso demais mesmo.

Pete queria beber? Então ele que bebesse, lógico que o Theerapanyakul avisava, mas é aquela outra coisa né, escuta se quiser, meu bem. 

E Pete não escutou, encheu a cara mesmo e assim tiveram que voltar de ônibus para casa já que Vegas não tem carteira e nunca nessa vida deixaria Pete dirigir bêbado, e Arm nem pra ajudar levantou. Vegas fez uma nota mental de nunca mais confiar no cunhado, porque se cunhado fosse bom, não começava com cu de cuzão. Na visão de Vegas, né. 

Poucas pessoas no ônibus e até então Vegas estava de boa, Pete quieto olhando para a janela segurando na mão do namorado. 

— Vee... — Vegas olhou para o namorado. — Eu quero fazer xixi. 

— A gente tá no ônibus. — Vegas disse e Pete fez um bico. — E fala baixo. 

— Mas eu quero fazer xixi! — disse alto e um cara no fim do ônibus gritou que homem fala mijar. — Ele falou isso pra mim, Vegas? 

— Não, ele é doido. Fala baixo pelo amor de Deus! 

— Se eu quiser eu falo que quero tirar minha mangueira e deixar a água sair, seu bosta! — Pete gritou de volta pro homem no fim do ônibus, ia se levantar, mas Vegas apertou sua coxa. — Bosta ambulante. 

— Pete, cala a boca. 

— Vee, eu quero vomitar. — Bufou. 

— Ninguém mandou beber. 

— Eu sei. 

Pete se calou e Vegas suspirou achando que ele ficaria calado de vez. 

— Quero fazer xixi. 

— Pete eu vou te bater. 

— Me leva pro quarto e bate. — Pete riu. — Vai me bater, Vegas? 

— Pete cala a boca. 

— Mas eu quero fazer xixi! — reclamou e Vegas bufou. 

— Faz ué. 

— Eu vou fazer mesmo. — Pete disse. — Vegas, eu tô com dor de cabeça. 

— Não era pra ter bebido, Pete. Fez igual ao Tankhun que bebeu porque estava chateado. 

— Eu não bebi porque estava chateado, eu bebi porque quis. — Murmurou. — Vee...

— O que foi, Pete? 

— Quero fazer xixi. 

— Pete, por favor. 

— Eu vou descer aqui. 

— Não vai não, Pete.

— Vee. 

— Cala a boca, Pete. 

Pete ficou calado e Vegas pegou o celular abrindo o aplicativo de conversa, viu uma mensagem de Top dizendo que Tankhun estava morto de bêbado e que mataria Arm por não ajudar e ficar dando uns pegas em Pol. 

— Eu tô tão puto com o Arm, ele chama o Pete pra festa, deixa o próprio irmão ficar passando vergonha e depois vai atrás do seu irmão pra tentar pegar ele. — Vegas disse gravando áudio. — O Pete tá passando vergonha aqui também porque tivemos que voltar de ônibus. 

— Eu não tô não, Vegas. — Pete reclamou. — Eu tô bom demais. 

"Cara, Tankhun vomitou no carro. Amanhã eu vou dar na cara do Arm, ele estava agarrando meu irmão. Tá que o Pol deixou, mas ele é meu irmão porra. Não Tankhun, não vou te deixar beber mais" 

Vegas riu baixinho escutando o áudio. 

— Pete tá gritando no ônibus, Top, eu nasci pra passar vergonha com o Pete, sério. É amor demais. 

— Eu não tô passando vergonha não. — Pete rebateu. — Nunca mais vou beber de novo. 

— Ah, é mesmo? 

— Sim, quando chegarmos eu vou beber só mais duas cervejas e dormir. — Pete disse e Vegas suspirou guardando o celular. — Eu quero ir pra casa. 

— Estamos chegando, Pete. 

Todos no ônibus estavam escutando, alguns davam risadas baixas e outros fingiam que não prestavam atenção. 

— Vee, eu te amo, sabia? — Pete cutucou a bochecha do namorado. 

— Eu também te amo, seu bêbado. — Vegas disse sorrindo.

— Vee...

— Uh? 

— Eu quero fazer xixi.

— Cala a boca, Pete.