ira

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Sinopse: Ira muitas vezes é confundida com a chamada raiva, mas talvez a raiva não faça você pensar e desejar a morte de alguém. A ira é o ódio em si, a ira te cega, a ira te faz criar imagens, a ira te faz esquecer até mesmo o que é amor.

Vegas se deixou levar pela Ira e no fim pelo orgulho.

• Pecados • Angst ( ou seja plot triste/final triste)

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Único – Raiva, Ódio, Ira e por fim Orgulho.

Vegas e Pete se conheceram com 15 anos, na entrada do ensino médio. A paixão foi rápida e não demorou para meses depois engatarem em um namoro, namoro esse que durou anos e anos até o pedido de noivado finalmente chegar.

Pete amava seu lindo Vegas, gostava de todos os mínimos detalhes e de tudo que fazia o Theerapanyakul existir. O amava tanto que depois que se casaram começou a planejar várias surpresas.

Vegas não era uma pessoa fácil, não era amoroso demais, porém com Pete ele sabia chegar a um ponto; dar amor e receber sem precisar de muitas coisas. Mas em meio a tudo que completava Vegas Theerapanyakul, a raiva era o maior.

O Theerapanyakul nunca gostou de surpresas, nunca gostou de ser surpreendido e Pete sabia daquilo, mas tinha em mente que o marido um dia perderia essa birra idiota e começaria a dar valor às pequenas e grandes surpresas que haviam em sua mente prontas para virem à tona.

Estavam fazendo três anos de casados e Pete estava preparando uma surpresa com a ajuda de um amigo. Vegas nunca foi de perceber as coisas tão rápido então não reparou, até ver Pete saindo demais em meio a semana. O homem era caseiro e quase nunca saía e aquilo já fez Vegas ficar em alerta, muito alerta.

A pior coisa que Vegas queria na vida era ser traído, então a primeira coisa que pensou foi que seu amado Pete estava o traindo.

Pete saiu novamente no meio da semana, Vegas chegou em casa e não teve notícias do marido, muito menos sabia para onde ele estava. Pegou uma garrafa de uísque e bebeu puro mesmo, sentado no sofá.

O ruim da mente humana é só pensar no pior.

Vegas escutava uma vozinha em sua mente dizer ''ele saiu, ele está te traindo'', e bebia mais um pouco, a voz continuava agora rindo em um imenso prazer ''idiota, você vive por alguém que te trai toda a semana''.

Bêbado, Vegas ficou jogado no sofá até Pete chegar. Não falou nada no dia seguinte, não recebeu nem sequer uma mínima indignação do marido, fazendo assim sua mente dar mais um ponto para aquilo; para a traição.

— Te traindo? — Porsche perguntou confuso e Vegas assentiu. — Pete nunca te trairia, Vegas.

— Nunca é uma palavra forte, eu posso dizer que ele apenas não pensava antes, hoje já age. — Murmurou. — Kinn nunca agiu assim com você?

— Não, somos bem abertos em relação a conversas. Talvez seja isso, Vegas. — sorriu pequeno. — Vocês precisam conversar e talvez ele diga porque sai toda semana, você deve estar se precipitando, traição é algo sério.

Vegas escutou aquela vozinha novamente o chamar de idiota, suspirou se despedindo do amigo e indo para casa.

Mais uma semana e Pete saía sem avisar, Vegas tentava controlar a raiva que sentia, mas ele sabia que aquilo não era mais raiva, era ódio; Ira.

Ele ainda estava pensando no que Porsche havia dito, ele devia conversar com o marido, mas depois de ir até o quarto que dividiam, pegar a camisa do amado e sentir um cheiro diferente, a tal conversa que fosse para bem longe; para a puta que pariu, que também era para onde queria mandar Pete.

coletânea de vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora