traidor

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Sinopse: Pete estava irritado com seu filho, ele era um tremendo traidor, isso sim.

Mpreg •  menção a amamentação masculina

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Pete olhou para o pequeno Thomas e cruzou os braços irritado, o filho estava com um ano e agora brincava no chão da sala de estar com seus inúmeros bloquinhos grandes demais para as suas mãozinhas, mas bons o bastante para que ele não os colocasse na boca.

Thomas Theerapanyakul, era o nome do seu garotinho que carregou nove meses na barriga, mas que quem escolheu o nome foi seu marido Vegas. Não que o nome fosse ruim, longe disso, combinava com seu filhotinho, mas ainda sim ele preferia um nome tailandês... Mas seu marido estava certo quando disse que por morarem em Sidney o filho tinha que ter um nome mais americanizado, algo assim, Pete não entendia muito bem isso tudo.

O menino é um amor de bebê, desde pequeno nunca deu trabalho, poucas vezes chorava e Pete voltou a trabalhar cedo quando percebeu que o filho podia muito bem ficar com sua tia Yoo pela manhã sem fazer um estrago ou chorar até ficar roxo. Thomas é um ótimo filho.

Era um ótimo filho antes daquelas três horas da tarde quando era sua hora de mamar. Ah, Pete estava com raiva, e com motivos ora essa!

— Papai chegou. — Vegas entrou em casa as quatro e meia que era o fim de seu expediente em uma loja de antiguidades, Pete trabalhava pela manhã como professor em uma escolinha. — Oi querido, como foi sua manhã?

— Bem. — Pete resmungou. Vegas franziu o cenho confuso deixando sua bolsa na mesa perto da porta, deu de ombros e seguiu para o tapete da sala onde seu bebê estava animado batendo palminhas por vê-lo. — Se eu fosse você não mimaria esse traidor.

— O que? — Vegas perguntou se encostado no sofá e colocando Thomas no meio das suas pernas para continuar brincando. — O que você tem, querido?

— Pergunte ao traidor do seu filho.

— Ok... — O Theerapanyakul riu baixinho e olhou para Thomas. — Tom, o que você fez para irritar o papai Pete?

— Papa. — Thomas disse batendo os bloquinhos que segurava.

— Sim, seu papai Pete está irritado e não me diz o porquê. Você deve saber não é?

— Você não acredita no que ele fez. — Pete soltou e Vegas segurou a risada, adorava ver Pete irritado, era uma graça às vezes. — Ele não quis mamar!

— Oh, que ótimo querido. Está pronto para comer papinha? — Vegas perguntou ao filho que se afastou engatinhando até seus outros brinquedos.

— Você não entendeu, Vee. Ele não quis mamar. — Pete disse inconformado.

— E isso não é ótimo, Pete? — Vegas perguntou levantando para sentar no sofá, suas costas doiam, mas sempre que podia brincava com Thomas no chão.

— Não mesmo. — Pete foi até o filho o colocando no meio do tapete já que o menino queria ir até o outro lado da casa pegar o fio do telefone. — Você sabe que não, Thomas.

O menino encarou o pai, mas logo voltou sua atenção a um dos seus brinquedos.

— Amor, eu ainda não entendi porque é tão ruim o Tom não querer mamar.

— Ele preferiu a mamadeira, Vegas. Esse traidor. — Pete apontou para o filho que agora tinha um dos mordedores na boca alheio a tudo.

— Espera... Você está irritado porque ele não quis o seu peito e preferiu a mamadeira?

— Ele é o meu filho, ele deveria tomar o leite do meu peito. — Pete resmungou.

— Querido, ele tem um ano, daqui a pouco ele nem vai mais tomar leite.

— Eu carreguei ele por nove meses e só porque ele fez um ano simplesmente acha que pode me largar por uma mamadeira? — Pete perguntou e Vegas riu. — É sério Vegas. Eu odeio aquela mamadeira.

— Ah meu Deus. — levantou do sofá e andou até o marido. — Se ele não quer o seu peito, tudo bem, é normal. Ele está na fase de tomar na mamadeira, não fique chateado com o Tom.

— Mas eu ainda tô cheio de leite. — Pete resmungou.

— Você poderia encher alguns potinhos e dar a um hospital, sabia? Há pais e mães que não produzem leite e precisam para alimentar os bebês. — Vegas beijou o queixo do marido. — Agora pare de sentir ciúmes.

— Eu não estou com ciúmes, eu só... Ah, Vee, ele pediu a mamadeira!

— Eu entendo querido, na verdade não entendo, mas entendo seu ponto. — Vegas disse e Pete riu baixinho.

Enquanto isso Thomas largou os brinquedos e se aproximou dos pais segurando a calça de Vegas para ficar de pé.

— Mama. — Thomas pediu.

— Tá, vou fazer. — Pete resmungou, mas Thomas começou a chorar quando o pai se afastou. O menino continuava pedindo mama mesmo estando os braços de Vegas, e era um milagre o menino chorar nos braços do pai. — Você quer...

— Acho que ele não quer a mamadeira. — Vegas disse passando o filho para o marido. Pete sentou no sofá levantando a camisa e colocando o filho para mamar. — Talvez ele goste tanto de você quanto da mamadeira.

Pete olhou para o filho que sorriu enquanto sugava o leite do seu peito.

— Talvez você esteja perdoado, Tom. Talvez. — Pete disse e o menino colocou a mãozinha em seu rosto. — Ok filho, você está perdoado. Você é tão lindo. Vee como tivemos um filho tão lindo?

— Você é lindo querido, ele puxou pra você. — Vegas disse olhando para o marido e filho. Rezando por dentro para que Pete não surtasse quando Thomas começasse a comer sozinho. 

coletânea de vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora