fora de perigo

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Sinopse: Vegas havia partido para resolver seus assuntos e para que Pete ficasse protegido com Macau, o filho deles. No entanto já havia passado quatro anos e nada de Vegas, porém Pete continuava vivendo na promessa de que o Theerapanyakul voltaria e eles estariam finalmente fora de perigo.

ABO • inspirada em uma música da Taylor Swift

•••

Pete colocou uma grande manta em seus ombros e saiu da cabana, estava frio, mas ele tinha que caminhar pelo menos por vinte minutos para não enlouquecer, era um lobo que amava o calor e odiava o frio, diferente dos de sua espécie, mas tinha que aguentar aquilo, a caminhada naquele chão quase todo coberto por uma neve rala que logo começaria a engrossar.

O Saengtaam suspirou se enrolando na coberta e andando pela vila viu alguns lobinhos correndo e seus pais observando, casais passeando e velhinhos conversando. Era mais um dia típico para a matilha... Mas não para Pete.

Era mais um dia sem Vegas.

Vegas Theerapanyakul, seu companheiro, o homem que escolheu para ter sua vida enlaçada como almas eternas, o grande amor de sua vida e Pete sabia que seria até outras vidas e talvez até o inferno se o mundo fosse levado a chamas como diziam os mais velhos.

Vegas havia partido para se livrar de algo que o assombrava e por assim, também assombrava Pete. Eram pessoas que não gostavam de ver a felicidade do Theerapanyakul, por isso ele foi embora sem saber se iria voltar, tudo para que Pete ficasse longe do perigo, tudo para que Pete protegesse Macau, o filho deles.

― Pete? ― o lobo saiu de seus devaneios e olhou para a pessoa em sua frente, era Porchay, seu vizinho e amigo ― Decidiu caminhar cedo hoje?

― E você decidiu sair com esse barrigão por aí? Kimhan sabe que você fugiu? ― brincou sorrindo pequeno e Porchay riu.

― Não diga besteira, parece até que sou invalido ou que Kimhan não me deixa transitar pelas ruas ― Pete virou como que se dissesse que estava voltando para casa e Porchay o acompanhou ― Kim foi visitar os pais.

― E você não foi por qual motivo? ― perguntou.

― Sabe o porquê ― suspirou ― Onde está Macau?

― Dormindo ― disse e antes de Porchay gritar consigo o lobo continuou; ― Ele tem quatro anos, ele não vai se matar ou sofrer um acidente dormindo, ainda mais o Macau que dorme mais do que come.

― Hm. ― resmungou ― Puxou a você.

― Não diga ― riu irônico ― E o seu bebê?

― Aqui bem quentinho ― brincou tocando em sua barriga ― Faltam mais dois meses, a parteira disse que minha barriga está pontuda é quase certeza que seja uma menina.

― Quando estava grávido de Macau ouvi o contrário ― disse e abriu a porta de casa e Porchay o seguiu ― Finalmente quente.

― Como está sendo o seu dia? ― Porchay perguntou sem querer ser invasivo e Pete sabia, só não conseguia gostar dessas perguntas e principalmente da próxima que Porchay faria e ele conhecia muito bem; ― Está precisando de algo?

Sim, do meu companheiro. Quis responder.

― Não, Porchay ― disse indo até a lareira e colocando mais lenha, olhou para o meio da sala e lá estava Macau todo enrolado em panos ― Eu e Macau estamos bem, assim como estamos há quatro anos quando o Vegas partiu.

― Desculpe.

― Não precisa ― sentou no chão e juntou alguns panos grossos e almofadas para o grávido sentar, Pete tinha apenas duas cadeiras e estas ficavam na cozinha, a cabana era bem pequena. ― Quer algo para comer?

coletânea de vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora