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Eu iria voltar para casa hoje e eu estava com medo, pois minha mãe falou que não era para ficar dormindo na casa dos outros e que meu pai havia voltado

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Eu iria voltar para casa hoje e eu estava com medo, pois minha mãe falou que não era para ficar dormindo na casa dos outros e que meu pai havia voltado.

Eu sei que esse velho foi trair minha mãe em algum puteiro, mas a mulher acredita que ele só viajou com os "amigo".

Eu voltei para casa tremendo, toda vez que eu olhava para a porta eu tremia ou ficava com vontade de chorar.

A cada passo que eu dava pior ficava para respirar. Eu queria morrer, sumir, explodir e tudo mais, menos voltar para casa.

Casa, que para mim significa inferno.

Coloquei a chave na tranca da porta e abri. De início não tinha ninguém na sala ou cozinha, mas depois de fechar a porta minha mãe apareceu.

- Onde você estava? Não perguntou nada e nem falou nada!! - exclamou a mulher brava.

- Eu estava na casa de um amigo e não ligo se eu falei ou não para vocês - mostrei calma mas eu estava com medo.

- Você tenha mais respeito comigo! Eu sou sua mãe! - gritou.

- Você seria a minha mãe se tivesse cuidado de mim - falei baixo.

- Ora mais! Eu não te aguento moleke, eu fiz o trabalho de pedir para você voltar para casa! - ela disse.

- Foda-se, preferia que você pedisse para eu morrer! - andei mais um pouco.

- No futuro você vai se arrepender de ter falado isso! - exclamou.

- Então eu espero que esse futuro nunca chegue - fui para meu quarto deixando a minha mãe falando sozinha.

Eu entrei no meu quarto e relembrei tudo que eu passei por metade da minha vida.

Dentro da escrivaninha tinha um canivete preto que eu usava para cortar meu cabelo ou minha pele quando eu sentia raiva.

Eu peguei o canivete e coloquei ao meu lado na cama. Não demorou muito tempo e eu ouvi a porta se abrir.

- Olá querido! - uma voz familiar soou no quarto.

- Oque você quer? - perguntei fechando a cara.

- Vim ver meu filho - respondeu ele.

- Ok, já me viu. Agora saia do quarto e feche a porta, vou lembrar de trancar - falei rudemente.

- Ué, achei que gostaria de ver seu pai! - falou - Depos de tanto tempo né....

- Sai do quarto por favor! - pedi impaciente.

- Por que? - perguntou - Lembra daquele dia? Não terminamos...

- Encosta em mim e eu te mato - ameacei.

Ele não deu ouvidos e começou a se aproximar, automaticamente eu coloquei a mão no canivete. Mata-lo seria difícil com algo tão pequeno, mas daria para furar seu braço.

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