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Meredith praticamente empurrou a ruiva para a sala de arquivo, o que notou segundos depois que era uma péssima ideia, pois precisavam ficar muito perto uma da outra.

A ruiva analisou o cubículo que estavam e então voltou a encarar a loira que deu um passo pra trás batendo as costas em uma prateleira, resmungando por ter batido a cabeça.

— Não tinha nenhum lugar melhorzinho?

— Diz o que quer, eu tenho que trabalhar.

— Pensei que fosse mais bem humorada pra uma pessoa de mente fértil — A loira revirou os olhos cruzando os braços e bateu o pé no chão — Okay — Revirou os olhos — Eu vim te fazer uma proposta — Disse em baixo tom, não podia correr o risco de serem ouvidas.

— Que seria?

— Você se passa por minha namorada na frente dos meus pais por algum tempo e eu me torno a namorada perfeita que você tem criado na frente do Shepherd.

— Por que eu faria isso?

— Pra não sair como mentira e acabar com a vida do ex-noivo babaca — Deu de ombros — E eu preciso de uma namorada ou perco meu cargo.

— Pensei que fosse a dona.

— Meu pai acha que eu preciso de um pouco de juízo de passar a revista diretamente para o meu nome, digamos que eu fui um pouco imprudente saindo com tantas garotas e sendo fotografada por paparazzis, é isso que acontece quando você é uma das solteiras mais ricas e cobiçadas de uma cidade — Deu de ombros e revirou os olhos.

— Ainda não é motivo pra me fazer te ajudar — Addison aproximou-se de sua orelha, fazendo-a suar.

— Nem se eu te disser que eu frequento mais festa ao qual Derek Shepherd está do que você possa imaginar? — Meredith a olhou nos olhos.

— Você acha mesmo que isso é por vingança?

— Não, acreditaria que é se fosse qualquer outra pessoa, mas não você.

— O que quer dizer?

— Eu vi vocês na sexta e se você não achar que ele deve provar do próprio veneno, é porque você é boa demais e sim, Meredith, boas meninas entraram no céu, mas não sobrevivem na terra — Disse arrumando a postura, tirando algo da bolsa — Esse é o meu número pessoal, me ligue quando decidir que aceita minha proposta — Meredith encarou o cartão, mas o pegou, então a ruiva saiu da saleta deixando-a encarando o pequeno papel.

[...]

— Eu acho que você deveria aceitar — Cristina disse do outro lado da linha, Meredith havia lhe ligado minutos depois de sair da saleta, estava trancada dentro do banheiro desde então, sentada sobre o vaso fechado.

— Eu não sei, Cristina.

— Pensa bem, Meredith, você já diz que namora com ela há dias, só teriam que fazer isso em publico.

— Isso implicaria em contato físico.

— Você mesmo disse que ela é uma deusa, o que custa?

— Aquela questão importante, talvez?

— Isso é o de menos, já disse, você não precisa ser lésbica, só Addisonsexual.

— Isso nem mesmo existe, Cristina.

— Claro que existe, eu, por exemplo, era lésbica, hoje eu sou Teddysexual, só me envolvo com ela, não com mulheres, o que eu estou dizendo é que você não precisa se envolver com mulheres, só com a Addison e sentir só atração por ela, é normal.

Inventando AddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora