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Semanas depois...

— Ta, quais flores você quer? — Cristina perguntou enquanto estava sentada em frente a amiga devorando um misto quente.

— Rosa vermelhas e acredita um lírio branco... Não, que tal pêoneas? Estamos na época das pêoneas?

— Eu lá tenho cara de florista, Meredith? — Teddy que bebia seu café colocou a mão na frente da boca pra não cuspir e Meredith revirou os olhos.

Estavam tomando café em uma cafeteria próxima ao apartamento delas, ambas moravam no mesmo prédio e uma de frente para a outra, então quase todas as manhãs tomavam café juntas, ou em um dos apartamentos, ou na cafeteria que adoravam ir.

— Você é tão delicada, como você namora com ela?

— Ela gosta do nosso sexo selvagem.

— Eu preciso de sexo selvagem também — Disse emburrada.

— Pensei que o que você diz que faz contava.

— Eu nem sei porque ainda sou sua amiga.

— Não liga pra ela, Meredith e ela tem sim seus momentos como uma namorada boa e carinhosa.

— Garota olha o que você diz, eu sou boa o tempo inteiro — A repreendeu e encarou a amiga — Ta, diz logo quais flores.

— Não quero mais saber de flores, eu quero sexo.

— Existe uma coisa chamada vibrador, Meredith, você deveria testar ou arrumar alguém pra transar.

— Sabe que eu preciso de mais afeto do que tesão, eu não consigo transar com quem acabei de conhecer e isso ta acabando com a minha vida — Bufou — Isso é terrivelmente terrível, pois a única pessoa que é perfeita pra mim, que me faz a mulher mais feliz e realizada pessoal e sexual não existe.

[...]

As fotos foram jogadas sobre a mesa com fúria fazendo os olhos verdes as analisarem e erguerem-se para o homem a sua frente quase explodindo de ódio.

— Mais uma — Esbravejou — Mais uma de suas amantes e eu já estou cansado de chamar a sua atenção ou de pagar a esses urubus sensacionalistas, por cada mulher que veem com você, cansado, Addison!

— Isso não afeta em nada o meu trabalho nessa revista.

— Não?! Sabe como esses seus casinhos podem arruinar a imagem da família e dessa revista?

— Pai, isso não vai sujar o nome ou a imagem da revista ou da família, o que quer? Que eu vire freira?

— Seria um pecado se eu quisesse, não restaria uma nesse convento — Disse cansado e irritado — É a última vez que digo, Addison ou você para com essa sua vida de mulheres, ou eu te tiro da presidência da revista, eu não vou esperar que nossa reputação esteja na lama para que você tente tomar um pouco de juízo.

— E o que quer que eu faça? Tire um ano sabático de sexo? Me isole do mundo?

— Se isso for evitar o caos, sim, é exatamente isso o que quero, ou então sossegue com apenas uma, eu não gastarei mais tostão para que suas fotos não saíam na primeira capa e no seu primeiro deslize, pode dar adeus a essa cadeira — Disse e virou saindo da sala batendo a porta.

A ruiva bufou encostando-se na cadeira e encarou as fotos fazendo uma careta.

— Esse nem é o meu melhor ângulo — Disse revirando os olhos e jogou as fotos dentro da gaveta, as colocaria no triturador de lixo depois.

[...]

— Stephanie, pode atender o telefone pra mim, se ele tocar, por favor, eu preciso ir até lá embaixo pegar algumas pastas na sala da Roxie.

Inventando AddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora