16

224 22 14
                                    


Simon e Wilhelm estavam em mais uma de suas sessões semanais.

______

- Prova. Próxima semana. Você sabe o que temos que fazer. - Simon disse encarando o príncipe com sua intenção brilhando em seu olho castanho.

- Estudiar?

- Exactamente. Porém tu no puedes maneirar durante o fim de semana, vale? - o moreno encara o mais novo.

- Bien. Agora podemos ir directamente a la sala de música? - Wilhelm pergunta, ansioso.

O cacheado tinha prometido que a aula daquele dia teria um momento reservado para uma seção de karaokê em espanhol para os dois e aquilo tinha animado o loiro.

O menino olha para o relógio clássico na parede do palácio, na parte de trás da mesa principal na qual eles estavam realizando seus exercícios da língua.

- ¿Qué hora es?

Wille espiou em seu celular.

- 14:52 já são quase três horas. - o príncipe diz, chateação transparecendo em sua voz.

Ele bufa, soltando o ar pela boca que bagunçou seu fio loiro batendo em sua testa branca.

- Hum...tá chegando o final mesmo. Foi mal, realmente não vai dar tempo hoje. - Simme diz, sentindo seu peito doer por saber que aquilo iria entristecer seu tão querido amigo.

- Eu queria tanto te ouvir cantar. - ele diz, com um tom de voz baixo, como se estivesse confessando para si mesmo.

E eu quero tanto cantar pra você.

- Eu- eu posso falar com a Linda. - Simon soltou as palavras como quem não conseguisse segurar a emoção de poder desapontar alguém querido.

- Quê? - o loiro pergunta, colocando seu cabelo atrás da orelha e mordiscando seu lábio inferior, sentindo o quão seco estava.

- Posso falar com a mamãe pra não me pegar hoje.

Arnald quem o pegava na Eriksson's- sua casa - e trazia para o castelo, porém Linda geralmente buscava o garoto no final das aulas.

- Pode mesmo? - ele sorri, esperançoso.

- Sim. - ele devolve o gesto, fazendo suas covinhas aparecerem e os olhinhos fecharem, o estômago de Wille vibrou.

O sorriso dele é intoxicante. Contagiante.

- Obrigado. - Wilhelm se aproxima do garoto, se levantando da cadeira e passando a segurar sua mão, que estava fria - Vem, vamos ligar pra ela, mas já lá no piano!

Eles dão as mãos.

É algo novo.

Estranho como a pele dos dois combinavam, era como um perfume doce, um abraço de urso, um pão quentinho de manhã.

Algo confortável e possivelmente viciante.

Mas, isso era normal.

Coisa de bons amigos. Não?

Wilhelm o guia pelos corredores do castelo, e por mais que ambos já soubessem a direção do lugar, eles não desgrudaram suas mãos.

Fica Mais Um Pouco - Wilmon AU Onde histórias criam vida. Descubra agora