Capítulo 37

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Quando eu era o seu homem, o último

A breve apresentação do planejamento terminou da forma mais eficiente. Foi dado tempo para perguntas e respostas curtas, e no processo a tensão que continuou ao longo da apresentação foi um pouco aliviada, levando a uma conversa confortável sobre a exposição de fotos. 

Ha Joyoon queria sair de seu lugar naquele exato momento, mas controlou seus pensamentos, não querendo fazer nada que chamasse a atenção. Os olhos brilhantes de Seo Youngwoo no meio da conversa e seus lábios que pareciam querer dizer algo. Ha Joyoon queria fugir de tudo.

[Você não parece bem, Yoon.]

Ao som da voz preocupada, ele abriu os olhos. Era Ed. 

Ha Joyoon deu um pequeno sorriso e bateu sua caneta em um papel em branco.

[Estou um pouco cansado. Eu não sou do tipo que combina com essa atmosfera, de qualquer maneira.] 

[Ouvi dizer que você estava gravemente ferido. Phillip estava muito preocupado.]

[Parece que muita conversa aconteceu então.]

[É um alívio que você esteja de volta.]

Ele não tentou esconder a amargura em seu sorriso. Ele costumava pensar que era um alívio estar vivo. Ele até agradeceu a Deus. Ele orou e agradeceu a Deus por deixá-lo ver Kang Taejung novamente. Mas a realidade não era tão bonita quanto ele pensava. Frio, objetivo. Ele não percebeu que o lugar que estava perdendo era apenas uma fantasia. Ele estava cheio de pensamentos que não conseguia expressar. 

Ha Joyoon tentou ignorar sua mente instável, desenhando novas linhas no papel já cheio de grafites. A respiração tensa desceu por sua garganta apertada e quando ele olhou ao redor, ele se deparou com um olhar que estava olhando para ele não tão longe.

"..."

"..."

Ele se lembrou do primeiro momento em que se deparou com Seo Youngwoo. Isso também trouxe de volta a terrível memória de seu desespero quando ele foi incapaz de olhar para o rosto de Kang Taejung, mas para os dedos dos pés enquanto os dois se davam as mãos. 

A memória humana sempre foi tão dura?

Incapaz de esconder sua dor, Ha Joyoon enfrentou Seo Youngwoo, que o encarava. A pessoa que ama Kang Taejung. A pessoa que Taejung ama. Aquele que ficou ao lado de Kang Taejung. A pessoa a quem Kang Taejung disse que queria ser fiel. O ódio informe e o ressentimento subiram como fumaça quente. 

No entanto, as sementes da chama não puderam ser acesas, mas desapareceram, deixando apenas cinzas. Isso porque, de qualquer forma, ele não poderia dizer que não era responsável por isso também. Não foi apenas por causa de uma pessoa. Foi o resultado de todas as suas emoções, realidade e situações. 

Isso é o que ele entendia em sua cabeça, mas seu coração não entendia completamente. Ele invejava e odiava os olhos de Seo Youngwoo, que olhavam diretamente para ele, parecendo ter tirado todo o coração de Kang Taejung. 

Como tudo o que restava de Ha Joyoon no coração de Kang Taejung parecia ser simpatia, pena e arrependimento sem sentido, Ha Joyoon não conseguia se ressentir totalmente dele.

O olhar de Seo Youngwoo era extremamente refinado, enquanto Ha Joyoon não conseguia nem pensar em esconder sua expressão tensa.

"Olá Repórter Ha e Repórter McKellen."

O homem que apareceu entre Ed e Ha Joyoon estendeu a mão. 

Ele inconscientemente franziu a testa no processo de traçar seu nome de memória. Min Kyungsoo. Esse provavelmente era o nome dele.

Formas de despedida (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora