○ Capítulo 5 - Seguindo em Frente ○

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Falai seus boiola, suavão? Eu tô Mec!
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Camila Pov

Eu estava me sentindo mal, muito mal mesmo, eu nem conseguia trabalhar na loja direito e Mani tinha que fazer quase tudo.

Meu estômago estava dando voltas enjoado, fora que eu ainda estava péssima pelo que fiz no baile ontem, perdi a cabeça e beijei outras pessoas na frente do meu namorado.

- Amiga vai pra casa, eu falo pro patrão que você passou mal.- Mani afagou minhas costas falando preocupada.

- Eu tô me sentindo horrível! A gente conversou hoje de manhã, ficou tudo bem mas...mesmo assim não tô legal.- Falei passando as mãos no rosto, senti que iria vomitar e tive que correr pro banheiro da loja.

Botei todo o café da manhã pra fora, assim que terminei dei descarga e escovei meus dentes, acabei chorando sem conseguir tirar aquela sensação ruim de mim.

- Você vomitou...será que...? - Entendi o que ela queria dizer mas eu neguei com a cabeça.

- Não, minha menstruação não tá atrasada, eu e o Bruno nunca transamos sem nos previnir.- Falei baixo limpando as lágrimas vendo ela assentir.- Tô sentindo meu coração tão apertado Mani...

- Liga pra ele amiga, talvez se sinta melhor assim.- Ela falou sorrindo fraco e saiu dali indo pra frente da loja. Aproveitei pra ligar pra ele e esperei atender.

Chamou mas ninguém atendeu, tentei ligar de novo mas nada dele atender, suspirei um pouco frustrada e fui pra frente da loja.

Senti meu celular tocar e logo o peguei, mas vi que era minha sogra que estava ligando e atendi.

- Oi sogra, tudo bom? Você sabe...- Minha fala acabou sendo interrompida ao escutar seu choro um tanto alto, meu coração na mesma hora começou a bomberar mais rápido.

Mani viu minha expressão ficar tensa e se aproximou de mim. Engoli o bolo na garganta escutando o choro da mãe dele do outro lado.

- O que houve? - Perguntei quase sem voz, ela logo começou a me contar o que aconteceu, minha expressão foi de completo choque e abalo, eu não conseguia reagir.

Ao final eu desliguei a ligação com a cara totalmente paralisada, isso não podia ser verdade, foi só um engano, não foi ele que foi morto.

- O que houve amiga? - Mani perguntou tocando na minha mão, a olhei com os olhos já derramando lágrimas.

- Mataram ele Mani, mataram o Bruno.- Falei quase sem voz, Mani colocou as mãos na boca ficando chocada enquanto eu caí em um choro dolorido.

Normani me abraçou forte e eu me deixei levar pelas lágrimas, eu podia acreditar que isso havia acontecido, o pior de tudo é que no fundo eu temia por isso e ele também.

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Alguns dias se passaram e minha vida acabou voltando a ficar cinza novamente, depois do enterro do Bruno eu não queria ver mais ninguém, me sentia uma merda e com muita saudade dele.

Eu vivia indo na casa da mãe dele como eu estava agora mesmo nela, deitada na cama dele e abraçando uma de suas camisas do Flamengo sentindo o cheirinho do perfume dele.

Lauren tentou falar comigo mas eu a ignorei, desde aquele baile funk onde demos aquele beijo triplo que me deixou arrependida.

Meus olhos já estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, ele não merecia esse fim, estava mudando pra melhor e deixando todos tão orgulhosos...

- Camila? - Levantei o olhar vendo a mãe de Bruno mebolhar com um sorriso triste.- Não faz bem ficar assim, ele não ia querer isso.

- Isso não é justo.- Falei com a voz totalmente rouca, ela logo se sentou na cama e fez um carinho na minha perna.

Garota de Ipanema - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora