Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)

Traição

Boa leitura!

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Pov: Danilo

Sai apressado de casa, eu estava com tanta raiva que seria capaz de matar aquele desgraçado com minhas próprias mãos, um maldito como ele merecia uma morte lenta e dolorosa. Seria ótimo vê-lo implorar pela vida.

— Henrique, onde está o Zor? —  O rapaz se virou para mim com uma sobrancelha levantada, percebendo o ódio que eu pronunciei o nome daquele cretino.

— Ele deve estar com os outros, descarregando o carregamento que chegou hoje de manhã.  — O rapaz apontou na direção de onde ficava uns dos galpões.

Passei por ele esbarrando em seu ombro com as mãos fechadas em punho, minha Ira só aumentava a cada passo.

— Fernando! — Gritei por ele assim que adentrei o local, meus olhos varreram o lugar a sua procura mas ele não estava ali.

Gustavo estava comandando o resto do pessoal no descarregamento, enquanto Murilo checava os caixotes para verificar a qualidade da mercadoria. Os dois estavam com as armas em mãos por questão de segurança caso alguém tentasse nos pegar desprevenidos.

— O que aconteceu Danilo, por que está tão nervoso? — Mioto se aproximou com a expressão confusa segurando seu fuzil m16, apoiada ao peito.

— Onde está o Fernando? — voltei a perguntar enquanto todos nos encaravam surpresos.

— Eu estou aqui! — me virei seguindo o som de sua voz, Zor saiu de dentro do caminhão que estava sendo descarregado, não pude deixar de notar que seu dedo indicador estava enfaixado.

Assim que o vi uma fúria descontrolada tomou conta de mim. Partir para cima dele segurando o homem pela camisa, batendo suas costas na lateral do caminhão.

— Como você se atreveu miserável? — puxei ele para frente voltando a prensar suas costas no caminhão com mais força.

— O que foi que eu fiz? — ele se fez de desentendido aumentando ainda mais meu ódio.

— Não se faça de inocente, como você teve coragem de encostar suas mãos nela? — respirei profundamente me controlando para não sacar a armar e atirar nele ali mesmo.

— Me solta Danilo, nada do que aquela mulher disse é verdade! — Zor se manifestou com raiva tentando tirar minhas mãos de sua camisa.

— E ainda tem a coragem de negar desgraçado? Ela não me disse nada, eu vi a marca do seus dedos no rosto dela. — esbravejei socando sua cara.

Fernando se abaixou tremendo de raiva. Murilo se aproximou, mas Gustavo esticou seu braço na frente impedindo que ele interferisse.

— Eu já me cansei de você, tudo que eu faço está errado. Você sempre está contra mim, prefere confiar em "um tira", quando tudo que eu fiz foi tentar proteger os nossos. — Fernando passou a mão na boca limpando o sangue.

— Você nunca se considerou parte da família, prefere agir por conta própria sem aceitar a ajuda de ninguém. — ele me encarou com ódio.

— Eu não preciso de alguém como você para me dar ordens, um homem cego pelos encantos de uma mulherzinha.

— Cala a boca! — gritei sentindo meu sangue ferver.

— Ela é "gostosinha", mais será mesmo que vale tudo isso? — Zor sorriu ironicamente.

— Como alguém como você, o poderoso Gentili, um líder temido por todos pode ser tão idiota? — Fernando ironizou debochado.

Ele estava testando minha paciência.