Liberdade

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                   Boa leitura!

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Pov: Danilo

Com todo o cuidado retirei o lençol que cobria meu corpo antes de mover meu braço que servia de apoio para a cabeça da morena que dormia tranquilamente agarrada a mim. A mulher se moveu se acomodando melhor na cama, ajeitei a coberta sobre ela, beijando sua testa antes de seguir até o guarda-roupa, vesti minhas calças jeans, calçando minhas botas pegando minha jaqueta sobre a poltrona colocando por último e não menos importante minha arama na cintura. O relógio de cabeceira marcava três e quinze da madrugada, o comboio que levaria Diguinho para outro presídio deixaria a cidade as seis da manhã, segundo Lauana esse foi o horário escolhido pelo Oliveira, por acreditar ser o melhor para se fazer uma transferência de presídio. Lauana também dos deu outra informação valiosa, seriam três camburões a caminho da cidade vizinha para tentar dificultar caso houvesse uma tentativa de resgate. Diguinho estaria no veículo do meio, tudo já estava planejando a dias e nada poderia dar errado, observei Maraisa por mais alguns segundos deixando o quarto rumo ao galpão. Eu já havia dito a ela que precisaria sair bem cedo para resolver algo importante, óbvio que a mulher me questionou sobre o que seria, mas eu preferi não revelar nada, afinal Maraisa pertenceu a essa equipe e com certeza deve ter amigos lá. Ela não gostou muito, e acabou estranhado o meu comportamento por evitar esse assunto com ela, não queria mentir, mas dizer a verdade poderia vir a ser um problema entre nós dois, mesmo Maraisa não sendo mais uma policial sua ética profissional se mantinha intacta e isso me assustava um pouco.

— Todos já estão aqui? — perguntei ao adentrar o local, afastando meus pensamentos.

— Sim, só faltava você. — Gustavo se pronunciou ao lado de um caixote, segurando sua espingarda.

— Todos já sabem o que devem fazer? — encarei os homens a minha frente.

— Já sim, chefe. — Henrique respondeu prontamente.

— Então, vamos! — Coloquei meu colete a prova de balas, pegando minha arma de grosso calibre.

Saímos do galpão seguindo até onde os carros estavam esperando para nós levar até o local da emboscada. Depois de pensarmos e repensarmos, decidimos que atacariamos próximo a cidade onde fica localizado o presídio. Justamente por isso estavamos saindo tão cedo da comunidade para conseguirmos nos adiantar e surpreender os filhos da puta. Após chegarmos ao local deixamos os carros em um ponto estratégico assumindo nossas posições. A tensão aumentava a cada segundo, os primeiros raios de sol já apareciam no horizonte, a claridade cada vez mais nítida era como um aviso que estávamos cada vez mais próximo do confronto, seríam quase trinta homens contra quinze de farda, Lauana já havia nos informado que os camburões contariam com cinco policiais, portanto Diguinho estaria escoltado por cinco agentes. O plano era simplesmente cercá-los rendendo os carros que vinham na frente e o de cobertura atrás, não dando nenhuma chance para os ocupantes do terceiro veículo esboçar qualquer reação, o que eu esperava que acontecesse quando eles estiverem completamente cercados por homens fortemente armados com fuzis, entres as armas havia uma metralhadora .50 capaz de furar um blindado. O silêncio entre nós era algo ensurdecedor toda nossa concentração estava na estrada a nossa frente, olhares apreensivos eram direcionados a mim a todo o momento a tensão era grande até mesmo pra nós acostumarmos com diversas situações de risco á vida. Vários veículos passaram pela rodoviária durante nosso tempo de espera até que finalmente recebemos a informação de Menotti que estava um pouco mais a frente nos avisando que eles estavam se aproximando.

— Chegou a hora de libertar o nosso amigo. — Murilo engatilhou sua armar.

Não demorou muito e logo avistamos o comboio, assim que o primeiro camburão passou por Mioto ouvimos um forte estrondo indicando que Gustavo foi bem sucedido em sua missão ao acertar o pneu do veículo. O carro parou um pouco mais á frente assim como os demais, essa era a nossa hora de agir, em poucos segundos a rodovia estava tomada de homens fortemente armados, os outros carros que também haviam parado começaram a se afastar de marcha á ré, o desespero de alguns era tanto que chegavam a colidir seus automóveis com os outros que também buscavam se afastar dali. Nenhum dos tiras pareciam que reagiriam até por que a desvantagem era gigantesca. Murilo, Zor e mais seis renderam os caras que estavam na frente, enquanto Henrique e Cézar acompanhados de mais cinco se ocuparam dos policiais do último carro. Gustavo e eu fomos até onde Diguinho estava, recebendo a cobertura dos outros rapazes.

Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora