Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)

Problemas

                  Boa leitura!

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Pov: Danilo

Eu caminhava pelos corredores de cabeça baixa, com uma mão no bolso e a outra segurando o jornal enquanto pensava no que eu iria fazer para resolver esse problema. Ela não podia mais ficar aqui isso era um fato, e abandona-lá em outro local estava fora de questão.

— Caralho! — esbravejei com raiva socando a parede com força, sentido uma pequena dor nos dedos.

Depois de alguns minutos andando de um lado para o outro feito um otário, eu finalmente tinha achado uma solução que certamente não agradaria aos outros. Mas isso não estava em discussão, eu não tinha escolha e essa foi a única saída que encontrei.

— Tenho que falar com a Virginia. — disse pra mim mesmo andando apressado até o consultório dela.

— Posso entrar?! — Perguntei depois de dar três batidas de leve na porta, colocando a cabeça para dentro da sala.

— Claro! Aconteceu alguma coisa? — A loira deixou os papéis que estava lendo sobre a mesa, me encarando preocupada.

— Veja isso! — entreguei o jornal aberto para ela.

Virginia encarou a página do noticiário recostando na cadeira, lendo cada frase atentamente.

— Isso não é nada bom! — Ela ficou de pé me olhando apreensiva.

— Eu sei, por isso que eu estou aqui! — seu olhar confuso caiu sobre mim.

-O que você está pensando em fazer?! — A doutora deu a volta na mesa se aproximando, me devolvendo o jornal.

— Vou levá-la para a minha casa. — me pronuncie calmamente, enrolado o jornal.

— Você o quê?— A mulher me olhou assustada.

— Essa foi a única solução que encontrei. — Virginia balançou a cabeça em negação, levando as mãos a cabeça.

— Eu não posso deixar que faça isso, vai contra a minha ética profissional. — ela disse decidida.

—Eu preciso da sua ajuda! — me aproximei dela colocando minha mão em seu ombro.

— Já disse que não Danilo. Eu jamais colocaria a vida de um paciente meu em risco. — irritada ela retirou a minha mão de seu ombro.

— Eu não vou retirá-la daqui a menos que você diga que eu posso, e que ela não corre nenhum perigo.

—Não sei... — Vi me olhou pensativa.

— Você sabe que não temos escolha, se alguém fazer uma denúncia anônima informando que ela está aqui as consequências serão graves.

Virginia realmente sabia que se a polícia viesse aqui, muitas coisas acabariam mal. O fechamento do hospital seria uma delas, deixando às pessoas da comunidade desamparadas novamente.

— Está bem! — ela soltou um suspiro de frustração se dando por vencida.

— Quando eu posso levá-la? — perguntei, torcendo para que ela me dissesse que hoje mesmo, afinal quanto mais rápido melhor.

— Ainda não sei, vou fazer alguns exames para saber se ela tem condições de ser removida sem nenhum problema e com segurança.

— E quanto tempo isso vai levar? — indaguei rapidamente.

— Vou providenciar isso mais tarde e amanhã cedo te darei a resposta. — Virginia voltou a se sentar.

— Acho que mais um dia não vai ter problema. Até lá espero que nenhum filho da puta abra a boca.