Ao Extremo

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Mais um capítulo para vocês ☺️

                    Boa leitura!

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Pov: Danilo

O sol já havia se posto quando atravessei as portas da unidade médica com o desespero tomando conta da minha alma. Meu peito subia e descia por conta da respiração ofegante, minhas roupas estavam coladas ao corpo molhadas de suor e minhas pernas fraquejavam não se movendo tão rápidas quanto antes pelos corredores do hospital. O desgaste era notável em mim, cada músculo meu se contraiam de dor ao serem exigidos além do que poderiam suportar, com um peso a mais para carregar.

— Caralho, alguém ajuda aqui? — Cézar que vinha em meu enlaço após ter recusado ir para a casa como os outros homens, gritou por socorro com diversos olhares sobre nós.

O medo me impedia de pensar com clareza, a mulher inconsciente em meus braços ocupava cada centímetro da minha mente, se tornando a minha maior preocupação. Durante todo o trajeto feito até o hospital, Maraisa não parava de delirar, nada do que a morena dizia entre murmúrios fracos fazia algum sentido para mim, e a agonia asfixiante só piorou ao ter o seu silêncio definitivo.

— Virginia! — Mais uma vez Cézar clamou por ajuda assumindo á frente a procura da jovem médica.

Menotti andava a passos ligeiros abrindo algumas portas, seguindo para outros leitos ao não encontrar a doutora, chamando cada vez mais alto por ela.

— Cezar, mas o q.... — A loira vestida de branco com o cabelo preso para trás cruzou nosso caminho parando de frente para nós, interrompendo sua fala abismada.

— Virginia, por favor, me ajuda? — Supliquei engolindo o bolo formado em minha garganta, sendo encarado por ela que desviou seu olhar para a policial que eu trazia nos braços.

—José Felipe! — ela gritou pelo noivo e seu braço direito, abrindo uma das portas rapidamente.

— Coloque-a na maca. — A doutora indicou ao entrar na sala pequena que de primeiro momento me pareceu ser de primeiros socorros.

Mais que depressa repousei com cuidado o corpo frágil e debilitado da mulher que amo sobre o colchão fino de um único lençol de cor branca.

— Minha nossa senhora! — Zé Felipe surgiu na entrada da sala surpreso por encontrar todos ali, principalmente a policial que foi a causa do seu maior espanto.

— O que aconteceu? — Virginia perguntou já com o estetoscópio no ouvido o colocando sobre o peito da mulher para ouvir seus batimentos cardíacos.

— Eu não sei, ela já estava assim quando foi encontrada. — Passei a mão esquerda no cabelo em um gesto de desespero, sentindo meu coração pesar ao vê-la desacordada e tão vulnerável sobre aquela maca.

Gustavo que possivelmente teria a responda, tinha sumido sem que eu me desse conta de quando e pra onde ele havia ido. A loira continuou examinando a policial, sendo amparada por José Felipe que ficou ao seu lado para o que ela necessitasse. Eu acompanhava tudo de perto, tomando uma distância mínima para não atrapalhar o atendimento médico que era prestado por ela a minha mulher. Um silêncio torturante e trocas constantes de olhares por parte da loira e do enfermeiro que não indicavam nada, e ao mesmo tempo poderiam dizer tudo, me matavam aos poucos. A tensão no ambiente ficou ainda maior quando Virginia subiu a blusa de Maraisa até a altura de seus seios. Um arrepio que percorreu toda minha espinha me atingiu no exato momento em que um volume incomum na região abdominal da policial se fez evidente, despertando de imediato as atenções e preocupações dos profissionais de saúde. O motivo da preocupação de ambos, se dava início a retomada do meu pesadelo, não era possível que depois de encontrá-la eu poderia perdê-la outra vez. Virginia e Zé Felipe se olhavam com mais frequência, a loira não estava com um semblante tranquilo, era notável que algo estava muito errado e não precisava ser um médico para se dar conta desde fato.

Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora