Noivado

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Boa leitura!

Só lembrando que Maiara e Maraisa não são irmãs nessa história.

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Pov: Maraisa

Pensando em todos os acontecimentos, era só isso que me passava pela cabeça neste momento, enquanto meus olhos fixaram a porta por onde ele saiu. O que terá acontecido com a irmã dele? Por que toda vez que falavam ou perguntavam sobre ela, o Gentili se comportava assim com indiferença de maneira fria e grosseira. A única pessoa que eu tinha certeza que sabia de alguma coisa era a Juliana, mas ela não estava aqui. Terei que esperar até amanhã para tentar arrancar alguma coisa sobre isso, o que será muito difícil, já que ela é tão leal a ele e certamente vai tentar fugir do assunto. Respirei fundo mais uma vez sentindo uma dor intensa percorrer todo o abdômen, levei a mão na barriga me abaixando involuntariamente.

— Merda! Eu preciso pegar aquele analgésico. — Murmurei comigo mesmo caminhando até a cama, ainda com o corpo inclinado para baixo me apoiado nos móveis para não cair.

Talvez se eu dormisse um pouco ajudaria a aliviar a dor. Fiquei me virando na cama tentando encontrar uma posição confortável e que me causasse menos incomodo, depois de muito me mexer sentindo uma dor que parecia rasgar meu interior consegui me acomodar, fechando os olhos para tentar tirar um cochilo. O sono não demorou muito a chegar, eu estava cansada tinha passado praticamente a noite em claro, sem contar a situação desgastante que aconteceu entre mim e o Gentili agora a pouco. Ouvi um barulho ao longe parecia uma porta se abrindo, seguido de passos que se aproximavam com cautela, não dei muita atenção a isso voltando a me entregar ao sono, estava tão bom. Essa era a primeira vez que eu conseguia dormir de verdade desde que cheguei aqui, talvez a exaustão destes dias tenham contribuído, mas isso realmente não me importava tudo o que eu queria era mergulhar de cabeça na inconsciência e esquecer de todos os problemas que me cercavam.

Despertei-me por completo quando senti o colchão ao meu lado se afundar e uma mão tocar meu cabelo acariciando suavemente, nem precisei abri os olhos para saber quem era, seu perfume inebriante tomou conta de tudo ao meu redor. Esse seu jeito estava me deixando confusa e totalmente desnorteada, em alguns momentos ele agia como um criminoso frio e cruel e em outros mudava da água para o vinho, se tornando o oposto do que eu pensava que conhecia, sendo um homem gentil, cuidadoso, carinhoso, abalando toda minha estrutura em relação a quem ele realmente era. Meus olhos se abriram no automático ao sentir seus lábios tocarem minha testa, estreitei os olhos encarando o homem vendo-o se afastar devagar percebendo que eu estava acordada. Como ele poderia se comportar assim com alguém que ele deveria odiar? Afinal de contas somos inimigos, não somos!?

— Desculpa! Não queria te acordar. — Gentili se levantou passando a mão na nuca constrangido.

Ele não parecia mais zangado seu rosto tinha uma expressão serena, e seus olhos castanhos me olhavam com vergonha pelo ocorrido.

— O que você quer aqui? — Foi a única coisa que consegui dizer naquele instante.

— Virginia me ligou agora a pouco... — Meus olhos se arregalaram.

Ela deve ter falado para ele sobre os exames médicos que eu devia fazer. Doutora fofoqueira, eu não queria que ele soubesse disso, não confiava neles para ficarem me espetando e injetando coisas, que vai se saber lá se são mesmo medicações ou não? Já tinha saído daquele hospital e não pretendo mais voltar para aquele lugar. Gentili esperou por uma resposta que não veio continuando logo em seguida.

— Ela vai se casar! — Levantei a sobrancelha perdida com sua afirmação.

E dai que ela vai se casar? Isso não tem nada a ver comigo, não pude evitar o suspiro de alivio em ouvir aquilo ela não tinha dito nada sobre mim felizmente.

Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora