Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)

Incompreensões

                 Boa leitura!

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Pov: Virginia

Na pequena e simples sala de paredes brancas com uma mesa de madeira na cor avermelhada e duas cadeiras de estofado preto, a jovem medica olhava para o computador com a expressão preocupada. Vez ou outra ela desviava a atenção da tela encarando o relógio, que agora marcavam seis da manhã.

— Bom dia! — Zé Felipe entrou sorridente segurando duas xícaras de café fumegante.

— Bom dia, amor. — me levantei indo até ele que estendeu a mão me entregando a xícara com o líquido preto.

— Você não tinha que estar aqui só as oito? — Ele se aproximou de mim me dando um selinho.

— Resolvi vir mais cedo. — sorri tomando um pouco do meu café.

— Não conseguiu dormir por causa do seu irmão, não é?! — Ele se afastou colocando a xícara sobre a mesa me abraçando de lado.

— Você sabe que toda vez que isso acontece eu fico assim, nervosa e inquieta. — me virei para ele passando meu braço esquerdo em volta do seu pescoço enquanto segurava a xícara de café com a mão direita.

— Vai ficar tudo bem amor, eles sabem cuidar de si mesmos. — Zé Felipe acariciou meu rosto beijando meus cabelos.

Eu sabia que Danilo, Gustavo e os outros mais do que ninguém sabiam o que estavam fazendo, mas mesmo assim eu não deixava de me preocupar com eles e para não ficar pensando um monte de besteiras eu me enfiava de cabeça no trabalho e nas coisas relacionadas ao hospital.

— Você tem razão, vamos trabalhar que é melhor. — me afastei dele lhe dando um selinho rápido.

— Como quiser doutora! — ele sorriu de lado me olhando ironicamente.

— Engraçadinho. — dei um tapa no ombro dele, voltando a bebericar meu café.

— Doeu amor! — O rapaz esfregava o braço fazendo um bico igual uma criança.

— Você fica tão lindinho com esse bicão. — Zé fechou a cara me fazendo sorrir.

— Para Virginia, eu não faço bico nenhum. — O enfermeiro cruzou os braços me olhando sério.

— É brincadeira amor, não fica bravo comigo.— sorri ainda mais me aproximando dele novamente.

— Se você me dar um beijo eu penso no seu caso. — Zé Felipe me segurou pela cintura aproximando nossos corpos.

Eu não disse mais nada, apenas aproximei minha boca da sua selando nossos lábios em um beijo calmo e cheio de amor.

— Estou perdoada?! — abri os olhos para encara-lo.

— Não sei, vou pensar. — Zé Felipe sorriu afundado o rosto no meu pescoço me apertando mais em seus braços.

— Você está muito engraçadinho hoje! — Ele se afastou um pouco de mim me olhando nos olhos.

— Eu não conseguiria ficar bravo com você nem por um segundo. — sorri pra ele acariciando seu rosto.

— Eu te amo! — Zé Felipe sorriu ainda mais com minhas palavras.

— Eu te amo mais. — ele sussurro em meu ouvido me causando arrepios por todo o corpo.

— É melhor eu dar uma olhada nos pacientes. —  já estava prevendo a onde isso iria acabar, resolvi dar um ponto final antes que eu não tivesse mais forças e nem quisesse me afastar dele.