Por um Triz

301 50 41
                                    

Como prometido aqui está mais um capítulo para vocês. ☺️

                   Boa leitura!
___________________________________

Pov: Danilo

Tudo havia sido traçado para acontecer nesta mesma noite, os homens escolhidos por mim estavam prontos e conheciam perfeitamente os detalhes do plano para que não houvesse erros. A reunião breve aconteceu em uma sala cedida por Virginia aqui mesmo no hospital, perguntas foram esclarecidas e as prioridades da operação de invasão repassadas algumas vezes. Fui bem claro e direto em minhas palavras, não queria mortes, tantos os médicos quanto os pacientes seriam poupados, a prioridade era agilidade em alcançar nosso objetivo antes da chegada da polícia. Carlos estava com sangue no olho devido aos últimos acontecimentos e viria com tudo para cima de mim sem medir esforços e poupar vidas para me deter. A situação sairia rapidamente do controle assim que o miserável do Oliveira tivesse conhecimento de que se tratava da minha quadrilha, a intenção não era iniciar um confronto, porém não hesitaria em usar minha arma e muito menos reprimiria meus homens de se defenderem do fogo inimigo. No meio de todas as preocupações em agir com eficácia e rapidez, um problema a mais martelava em minha cabeça, o jovem enfermeiro que não tinha a menor noção de como se portar em uma situação de ataque, e que nem se quer tinha o conhecimento para manusear uma arma de fogo, se tornava uma das maiores razões para o não confrontar de forças. Por outro lado meus pensamentos se direcionavam até Maraisa, ela jamais aceitaria a idéia de que inocentes pudessem morrer por sua causa, mesmo que fosse involuntariamente culpa sua, a policial não conseguiria conviver com isso. Sairíamos exatamente ao cair da noite, as últimas horas antes que eu assumisse uma arma e fosse para a rua, foram passadas em sua companhia. Não medi palavras para descrever meus sentimentos próximo ao seu ouvido, mesmo que ela não pudesse me escutar, eu sabia que minhas palavras de alguma maneira chegariam até seu entendimento. Senti sua pele macia, seu cheiro suave e a textura sedosa de seus cabelos por entre meus dedos, apreciando cada segundo e decorando cada traço de seu rosto delicado como se fosse a última vez. Inúmeras possibilidades e coisas estavam sujeitas a acontecer essa noite, e uma delas possivelmente poderia se dar ao meu impedimento de voltar a vê-la.

— Se cuida meu amor! — Assim como eu havia feito com Maraisa agora a pouco, Virginia se despedia de José Felipe no corredor.

— Vai ficar tudo bem! — O jovem beijou docemente a ruiva a acolhendo em um abraço.

Virginia escondeu seu rosto na curvatura do pescoço do rapaz ao ponto de se desmanchar em lágrimas.

Era normal que ela sentisse medo, os riscos existiam e a médica temia pelo noivo inexperiente.

— Volta logo. — ela fungou em um choramingo arrancando um meio sorriso de Zé Felipe por seu jeito infantil.

— Pode deixar minha vida. — O enfermeiro se manifestou voltando a beijá-la com carinho.

Eu os observava de meia distância, lhes dando um momento para as despedidas. Mais alguns beijos e abraços foram trocados, até que contra vontade de ambos a separação foi necessária.

— Você também Danilo tenha cuidado, e peça isso para o cabeça dura do meu irmão. — Afirmei positivamente com um sorriso de canto.

Deixamos a unidade médica logo depois, seguindo para o ponto de encontro com os demais que já deviam estar a nossa espera.

— Chegou quem faltava, nosso grande atirador. — Gustavo se manifestou ao nos ver, tirando uma com a cara do futuro cunhado.

— Muito engraçado. — O enfermeiro cruzou os braços com uma expressão seria.

Apaixonada Por Um Criminoso (Adap. Danisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora