31 - O inicio do fim

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Sem detalhes do que aconteceu naquela barraca, só posso dizer que foi mágico, cada toque, beijo e o cheiro dele ainda invadia minhas lembranças pela manhã! Logo vi Afonso, e fingimos não nos conhecer, o que foi engraçado, pois todos nós nos conhecemos.

Alguns membros do clã tinham armas de fogo e isso me assustou, aquela não era uma guerra ideológica, alguns haviam morrido, e mais iriam morrer, mas eu garantiria que não seria nenhum de nós! Era assustador pensar, em um confronto, os homens de vermelho usando armas, contra bruxas e bruxos, tecnologia avançada e tochas, uma mistura de Frankenstein com Guerra ao Terror! Nossas armas era nossa magia e nossos livros das sombras, mas alguns de nós realmente tinham armas!

Ao meio dia após uma refeição compartilhada, acendi umas velas e canalizei meu poder no padre Thiago, eu conseguia velo, de vermelho, com olheiras, e muito cansado. Então como prometido aliviei o fardo dele, tirei toda a preocupação do que irá acontecer, senti ele firme e calmo. Ele finalmente estava pronto, meu feitiço também!

Corri até o grupo, e expus o resto do meu plano!

- Atenção irmão, eles planejam nos atacar hoje, e eles virão, mas antes do ataque deles nós vamos atacar!
- Você perdeu completamente o juízo? A Morgana foi morta, ela era minha amiga - disse Vânia - ela me ensinou segredos de herbologia que foram essenciais para o aprimoramento de minhas poções!
- Ela era nossa amiga e está morta, - disse Fernanda - agora você que entrar no vespeiro? Eles podem nos matar!
- NÃO PODEM, porque não iremos todos! Você são bruxos e bruxas, tem magia correndo em suas veias, e há homens lá fora matando nossa espécie a anos, e vocês tem medo? A lua deveria se envergonhar de usar seu poder para ajudar vocês, o cosmo deveria parar de girar, para enfraquecer vocês. Nós somo fortes e vamos invadir, conquistar e...
- Se precisar, matar - interrompeu Afonso.
- Acredito que não chegaremos a isso, mas se eles chegarem aqui antes de chegarmos lá, poderemos ter problemas sérios!

Arquitetei todo o plano, e repassei os dados para todos, ao contrário do que pensavam os membro do clã não iriam todos invadir a sede da Opus Dei para lutar, selecionei três, o restante ficaria na floresta, e canalizaria seus poderes para nos deixar fortes e vivos, a anciã guiava o ritual, que fora preciso, sangue e fogo! Já que a lua se demoraria para sair. E nós sairíamos as 9 da noite! Atacaríamos antes de sermos atacados.

Estava mal, cheio de conflitos, confuso e respeito do acordo que fizera com o Papa, do que havia rolado com Afonso e de como aliviei a dor do padre Thiago, no fundo eu sabia que não devia ter feito aquilo, afinal eles mereciam.

A hora finalmente chegou, o clã se reuniu deram suas mãos e eu lhes dei meu sangue com guia para a ligação com as sombras do Aloa e para nos proteger, escolhi para ir comigo, Afonso, Fernanda e Jhonatan talvez os mais poderosos, com deuses mais rigorosos e exigentes! Mas nós ficaríamos vivos, e isso bastaria.

Caminhamos até a estrada, todos em silêncio. Eu só reproduzia um pensamento "Isso não pode estar acontecendo, esse mundo não existe" mas ele estava lá, e nós estávamos indo para o matadouro matar, antes de sermos nós as vítimas. Pensar nisso me deixava triste, mas era preciso, eu me descobri uma nova pessoa e não deixaria nada nem ninguém tirar isso de mim. Entramos no carro de Afonso e fomos para a cidade a essa altura os homens de vermelho já sabia que havíamos saído de lá só não para onde iriamos, e o ataque aconteceria do mesmo jeito! Porem 90% do clã ainda estava no local e eles sabiam disso!

Após quase uma hora dirigindo chegamos em frente à capela onde nossas vidas iriam mudar, como magia negra, magia da floresta e magia demoníaca!

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