Tic tac.
Tic tac.
Tic tac.-Rápido - as roupas voltavam ao nosso corpo em uma velocidade tremenda.
Tic tac.
Tic tac.
Tic tac.-Odeio fazer isso sinto que te coloco em perigo -afaguei o seu rosto -
-Nunca - ele beijou o topo da minha cabeça -
Tic tac.
Tic tac.
Tic tac.10 minutos por mês eu conseguia sentir a sua pele, seu cheiro, sua boca. 10 minutos por mês eu arrisco o meu acordo e coloco minha família em risco.
-Vai você não pode demorar muito ou vão desconfiar. - ele me empurrou de leve -
-Você sabe que eu não quero voltar. Prefiro morrer a voltar. - fiz bico -
-Vai logo, eu estou sempre aqui.
Tomei a sua boca em um beijo sufocante. Seus braços apertaram o meu corpo como se quisesse me segurar ali o resto da vida.
A batida na porta indicava o pior o tempo acabou. Eu conseguia escapar das garras de Natan uma vez por mês. Com muita dificuldade, desligava o chip que tinha sobre a minha pele, despistava seus homens. Conseguia viver por alguns minutos. Mas era só isso.
Respirei fundo, abrindo a porta da casa de campo que está perdida na localização. Voltando a realidade de aparecer em um shopping qualquer. Fingindo que estava em um retiro com uma taroga para limpar a minha alma. Limitando o contacto com todos, implorando a Natan para ter uns minutos sozinha.
Respirei, inspirei. Voltei para a minha vida chata e monótona. Ele não me deixava trabalhar apenas me exibia como um troféu, como um animal abatido e sua carcaça exposta como um troféu na parede. Eu deveria ser sua esposa perfeita.
Sai de mais uma loja carregada com sacolas de roupas e sapatos. Joguei todas as sacolas sobre os seguranças que estavam ali presentes para não me deixar fazer esforço nenhum. Entediada me joguei no fundo da SUV preta suspirando fundo, enquanto os seguranças me vigiavam do espelho, procurando por sinal de que estive sei lá com Taylor, mas somos muito cautelosos.
Já em casa, estávamos hall principal, me bateu uma tristeza. Aquela casa que antes era tão animada e alegre estava mórbida, estava sombria. As janelas que antes estavam sempre iluminada agora estava tapada por longas cortinas de certim desde o início do teto até o fim do chão, luzes fracas acessas dentro de casa. Uma melodia melancólica tocava vindo do salão principal. Me guiei pelo o som Nathan estava debruçado sobre o piano tocando uma canção triste, uma melodia que me doía o coração me fazendo ter um arrepio pela espinha.
-Querida - ele elevou a cabeça para me olhar - Sente-se aqui - ele deu uns tapinhas no banco só seu lado -
Receosa me sentei ao seu lado, mantendo uma postura mais que ereta, em defensiva, mantinha os olhos bem aberto para saber onde estava os seus seguranças. Olhando rapidamente as suas mãos, firmes nos teclados do piano, cheias de nos, nos de quem esteve a bater em alguém ou algo. Meu estômago de revirou.
-Como foi o dia - ele para de tocar, virando-se para mim, colocando uma mecha minha de cabelo atrás da orelha -
-Bom - mordisquei a minha bochecha por dentro - Durante a manhã viu ver a Marisa, ela disse que as nossas sessões tem me feito bem, uma maneira de equilibrar o meu mental e físico, depois decidi passar no shopping para comprar mais algumas coisas que faltavam. Sabe coisas de mulheres - dei o meu melhor sorriso falso - E como foi o seu dia meu amor? - quase vomitei na última palavra -
-Nada de mais, tive alguns assuntos da empresa, depois mais assuntos da organização para resolver. Sabe assuntos de homens.
Eu odiava quando ele me subestimava. Ele estava levando todos para um buraco, assim ele teria o total controle de tudo.
-Sabe você deveria deixar eu ir em algumas reuniões para sei lá, te ajudar. Sabe que eu sempre geri os negócios e entendo muito bem, desse mundo dos homens de terno e gravata.
-Para que? Para eles ficarem babando em cima de você? - uma veia em seu pescoço salto-
-Nathan - suspirei -
-Ta falando que sou burro e não sei lidar com os negócios?
-Não. - desviei o olhar - Só acho que ando desperdiçando o meu talento trancafiada aqui dentro dessa casa sem fazer nada, além de sair ir as compras que as vezes eu nem preciso, ir as jantares. Eu não sou um objeto que você pode sair por aí mostrando como bem apetece.
-Vai para o quarto - ele cuspiu as palavras - Temos um jantar.
-Nathan você ouviu o que eu disse?
-Vai para o quarto. Eu não vou voltar a repetir.
Quando olhei para ele, ele estava vermelho de raiva. Os nos em seus dedos estavam roxos. Ele suspirava fundo se segurando.
-Você vai me bater? - fiz uma cara de horror -
-Se as coisas não saírem como eu quero.
-Nathan, você está me decepcionado a cada dia mais. Cadê aquele rapaz doce que eu aprendi a seguir e gostar? - afaguei o seu rosto com a palma da minha mão e senti ele relaxar um pouco mais -
-Ele morreu - ele tirou a minha mão do seu rosto olhando frio para mim - Não, eu não vou te machucar. Mas não teste o meu limite não estou com o humor muito bom. Mas você vai a este jantar, vamos todos fazer uma bela aparição de família feliz e mais poderosa do mundo. Afinal e o que nós somos - ele deu um sorriso perverso -
Me retirei da sala, correndo escadas acima, me tranquei no banheiro enquanto arrancava toda aquela roupa chique, deixei que a água caísse pelo o meu corpo enquanto as lágrimas gordas rolavam pelo o meu rosto junto com a água. A qual eu esperava que me limpasse por inteiro do toque nojento dele.
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O Assistente Dominador.
RomanceDe passados traumáticos, um jovem assistente com um passado assombroso que nunca o deixa esquecer as marcas de seu passado, uma chefe que e extremamente durona mas por dentro de um muro de autoproteção se esconde uma jovem mulher que foi muito mal...