Velhos hábitos nunca morrem e não seria hoje que morreria este velho hábito. O poder. A sede por ele. A necessidade tão grande crescendo dentro de mim como algo que não sei explicar. A vontade de ser grandioso.
Quando era pequeno minha mãe sempre quis me proteger de todo o mundo, disse que eu era fraco e frágil. Todo cuidado era necessário. Por outro lado o meu pai me achava fraco e dizia que nunca estaria um dia aos seus pés.
Sofri muito. Muitos abusos verbais por assim dizer. Minha mãe cansada por ter sido enganada por um adolescente que era o meu pai, e com vergonha pela desgraça que causou ao manchar o nome da família, engravidando de um adolescente de 18 anos, fugiu para os EUA, buscando conforto e aceitação do seu melhor amigo. Ao qual já era casado é tinha o seu primeiro filho, era casado com uma adorável senhora. Com o passar do anos eles tiveram uma menina.
A casa estava quase sempre cheia, comigo, o menino e a menina. Ah céus como ela era linda, alheia ao mundo a sua volta. Seus longos cabelos castanhos cor de avelã caindo em longos e pesados cachos. A pele pálida com as bochechas coradas a boca carnuda. O seu riso doce e sua voz baixa. O oposto do seu irmão, com cabelos negros e olhos verdes folha seca, pele um pouco menos pálida e as bochechas estranhamente rosadas, um voz agitada cheia de animação. A casa nunca ficava parada com nós os três em casa.
É assim eu cresci em meio eles, e uma segunda garota. Com cabelos loiros e olhos azuis como piscinas, sempre atrás do garoto. Insistentes anos. Mas a irmã sempre estava atrás do irmão e o irmão levava a vida despreocupadamente. Já eu?
Eu e minha mãe voltamos para a Inglaterra, depois de alguns anos para assumir nosso lugar de direito na linha de sucessão da nossa família, como duques, lordes é toda essa baboseira.
Eu me acomodei a vida fácil, de ser servido, ser mimado e cuidado como um deus. Eu havia me tornado distante dos dois irmãos. Até um dia. Meus olhos saltaram da órbita quando vi um programa de fofoca qualquer passando pela a tv. Não podia ser, não era possível.
Eu não tinha muitas memórias dele, mas eu tinha a certeza completa disto, eu não era tão novo quando tudo aconteceu. É se posso garantir algo quando se é uma criança e que algumas coisas nos marcam tanto como um ferro a brasa quente.
Comecei por mim mesmo, com uma desculpa esfarrapada de que eu queria saber mais sobre ele, minha mãe não queria deixar eu saber a verdade então disse que não queria que eu fosse a fundo. Mas eu não me importava. Então implorei para me deixasse procurar mais. Ela me jogou uma fotografia antiga e disse o nome dele.
-Robertts - suspirou -
Ela disse me que estava andando nas ruas de Londres a noite com suas amigas, quando alguém pulou sobre si e tampou a sua boca com um pano fazendo a desmaiar. Quando acordou ela estava semi nua. Largada em um beco qualquer, com uma dor de cabeça grande. E no fundo do beco ele estava lá girando um canivete sorrindo diabolicamente.
-Tenho a certeza de que agora você está grávida de mim.
Era um escândalo na sociedade para aquela altura e uma mulher de uma família tão importante engravidar de uma forma bruta daquele jeito. Logo eles tiveram que se casar por de baixo dos panos e fingir que tinham engravidado cedo. Meu pai logo se meteu entre os negócios da família da minha mãe e logo os abusos começaram. Cansada dos abusos e da sua família não tomar providências sobre o que estava acontecendo ela fugiu comigo. E depois disto eu sei toda a história.
Respirei fundo eu parecia zonzo depois de tudo isto. Foi como um tsunami de informações. Mas eu tinha sede para saber mais, então minha mãe disse que poderia olhar nas velhas caixas de registros que ficam no escritório do meu avô. É la passei dias e noites a fio lendo cada passo do meu pai até o poder.
Doente, maluco, sádico por assim dizer esses adjetivos de enquadram bem para o que o meu pai queria da vida. Mas estava me deixando maluco a notícia que tinha visto uns dias antes.
O garoto que antes chegou a casa e viu praticamente a menina nascer nunca disse nada. Mas secretamente todos os verões que vinha passar ao seu lado, ele entrava em seu quarto e lhe dava um beijo na bochecha, muitas vezes fantasiando sobre beijar aqueles lábios. Mas nunca passando a fronteira.
Eles cresceram e se tornaram bons amigos, inseparáveis. Mas tudo mudou depois da morte da mãe da menina. Ela foi morar com o irmão, começou a carregar o peso de gerir uma grande empresa. Ela começou a ser a adulta entre ambos, é por fim o pai começou a ficar doente. Tudo parecia só piorar mais e mais para a menina. O garoto se sentia culpado enquanto era mimado por seus empregados. Tinha a sua mãe ao seu lado. Ele se sentia egoísta até queria fazer mais pela garota, mas com medo de repreensão ele ficou em seu canto remoendo aquele sentimento dia a pós dia. Se culpando cada vez mais. É o estopim de tudo foi a notícia de que seu pai, seu pai legítimo de sangue, estava namorando ela. Ali ele teve uma epifânia. Ele iria dar um basta nisso ele não poderia deixar a garota passar pelo o mesmo que a sua mãe.
Mas mais uma vez passou pela a sua cabeça que aquilo não era da sua conta, e ele poderia ter mudado.
Mas sabemos bem que se uma abelha pica ela sempre vai picar. Por mais que seja para se defender. Algumas coisas são previsíveis é aquele caminho já estava traçado, não tinha mais volta. Mais uma vez o menino deu as costas.
Quando mais uma vez sentado em seu sofá, já sem a sua mãe que havia falecido a um ano atrás, seus olhos marejados ele viu o estrago que o pai fez. Mesmo que a mídia tivesse omitido grande parte. Ele se pegou chorando e se culpando por tudo. Ele se sentia uma merda, um vazio estranho dentro do seu peito.
Ele tentou falar com o irmão mais velho, muito ocupado em cuidar da irmã mais nova mal teve tempo em conversar com o amigo de infância. O mesmo ainda em choque não pensou duas vezes em ir prestar algum apoio. É ali a união dos três estava restabelecida. Ele estava em paz. Ele estava calmo, mas sabia que teria de parar o seu pai de um jeito ou de outro.
Enquanto mexia em toda a sujeira que o seu pai deixou para trás, o garoto descobriu que o pai estava por trás de uma grande organização a Ordem. Ele era o grande chefe daquilo e não passaria tão fácil o lugar dele para alguém. Então o garoto cansado de todo o banho de sangue começou a bolar um plano para assim ter uma paz e ficar com a garota amada.
O primeiro passo era tomar o lugar de seu pai nesta organização. Então friamente ele arquitetou a morte de seu pai.
Quando ficaram cara a cara seu pai olhou em seus olhos e riu, riu como se aquilo fosse uma grande piada. Afinal o rapaz era só um simples rapaz cheio de mimos e uma vida boa. Nunca nem se quer tinha feito algo por conta própria. Mas o pai ficou surpreso quando viu que seus cães de guarda estavam ao lado do rapaz. E com um simples sorriso ouve o disparo.
E ali começou o banho de sangue interminável. O garoto que antes doce e gentil, que só queria acabar com aquilo tudo que outra hora foi errado, estava tomando gosto por aquilo.
Como tinha grande parte do mundo de baixo dos seus pés ele causou o pânico entre a família. Uma desculpa esfarrapada para se meter nos negócios da família dos garotos. Não satisfeito encontrou uma dupla perfeita para os seus planos, a ex mulher do irmão de sua amada. Ela era luxuosa, paranóica pelo o irmão ainda. É faria de tudo para tê-lo novamente. Então sem pensar muito ela se jogou de cabeça neste esquema.
Mas o garoto tinha de lidar com algo novo. Um mero assistente que estava em seu caminho. Um verme.
Esse vermezinho lhe causo tanta dor de cabeça, que ele não sabia como conseguiu segurar a sua sede de o matar quando o viu no jantar de ação de graças. Talvez porque estava anestesiado de estar sendo usado pela a sua amada para fazer um ciúmes estúpido no verme.
Mas não se deixou levar muito por isto. Ele tinha algo maior para cuidar, no caso a sua mulher e filha. Ele jogava uma vida de malabarismo com suas duas vidas Nathan e Nathaniel, só adicionava três letras para o diferenciar. Era fácil já que não era uma pessoa que estava muito no radar da midia. Foi perfeito o seu plano. Para chegar onde queria. Com o que ele queria. Ele tinha sede, ele tinha necessidades. É ninguém o iria dizer a palavra não.
Decido ele marchava para o que ele queria, o que era seu por direito.
Então as porta se abriram...
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O Assistente Dominador.
RomanceDe passados traumáticos, um jovem assistente com um passado assombroso que nunca o deixa esquecer as marcas de seu passado, uma chefe que e extremamente durona mas por dentro de um muro de autoproteção se esconde uma jovem mulher que foi muito mal...