The Price of a Life

Julgamento final

* quebra no tempo *

       — Bom dia, classe! Fizeram o trabalho de química que pedi?

       — Que trabalho? - sussurro para Patty -

       — Era para dar nomenclaturas para essas seguintes fórmulas - ele me mostra seu trabalho - Achei que alguém tivesse te avisado sobre.

      Eu tô ferrado....

      Não avisto Bia em lugar algum da sala que fico nervoso em instantes, me esqueci completamente de dar uma olhada no vídeo que ela me deu ontem, que saco.

      Sara é outra turista, depois do papo com aquele sujeito ela anda afastada de mim. O que há de tão errado nisso?

       — Benjamin, e o seu trabalho? - sou interrompido -

       — Eu não fiz, ninguém me avisou sobre também... - dou um tom irônico -

       — Que engraçado, lembro-me claramente de avisar isso na sua presença ou estou enganada?

      Essa escola está me mirando, não é possível.

       — Desculpe-me mas eu não fiz, infelizmente. Poderia me dar um dia para te entregar?

       — E por que você teria o tal privilégio? Seus colegas tiveram o mesmo prazo que você, não é justo da minha parte.

       — Não é justo da sua parte negar um pedido de um aluno, por acaso você nunca cometeu erros? - a provoco -

       — Mas que....

       — Ok, vamos nos acalmar! - Patty se intromete de repente - Benji, esquece isso. Tu podes recuperar isso depois, não esquenta.

       — Eu só estou defendendo meus direitos, não vejo mal algum.

       — Vou ter que dar uma conversada com seus pais; pelo visto, ultimamente você tem se mostrado um arruaceiro. Que humilhante, isso vindo logo de você, o exemplo da escola. - a professora não contém às palavras -

       — Deixa quieto. - James me ampara -

      Virei piada para todos naquela escola depois da chegada de Murilo, as coisas que faziam sentido para mim começaram a ser distintas. Me senti desfalcado e insignificante, era tão vergonhoso a situação.

      Eu rezava pra que Murilo retornasse logo, ele era o único amigo que eu precisava agora, em meados do destino, ele se encontra naquela maca por minha causa.

       — Benjamin? - ouço me chamar -

       — O que foi agora? - digo desanimado -

       — Eu não sabia que teve aquele episódio de ontem, o desmaio. - sinto seu constrangimento -

       — Sim, e qual a importância disto agora?

       — Essa deve ser a explicação do seu comportamento estranho, ultimamente você tem mostrado mudanças drásticas.

       — Aonde você quer chegar, professora?

       — Só te aconselho a se recompor, seja homem!

       — Como assim, seja homem? Está insinuando o quê agora? - fico nervoso com tal atitude - Eu não entendi o motivo disso de repente.

       — Tu sabes bem o que estou insinuando, não se faça de bobo e todos aqui já sabem mesmo. - fico desconfortável em notar a turma me encarando -