Entre nós dois | luriel (CONCLUÍDO)

|43| Poison

I pick my poison and it's you
Nothing can kill me like you do
You're goin' straight to my head

Rita Ora

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Onze dias depois...

      Fazia um dia que Lucien havia acordado e Azriel não fora vê-lo. Nas últimas duas semanas, trocava mensagens com a Vassa sobre a recuperação dele. Lucien melhorava a cada dia, já estava reagindo aos suprimentos e medicamentos, antes mesmo de acordar.

      Azriel sabia que o ruivo era mais forte do que imaginavam e que iria se recuperar e seguir em frente... sem ele.

      Duas semanas que o espião buscava por Anys, que pelo jeito havia se escondido como um rato em algum buraco. Ninguém sabia onde ele poderia estar, nem mesmo os dois últimos irmãos de Lucien.

      Foi surpreendente saber que o mais decente deles era o Eris. Quanto ao Hank, diziam ser um dos mais burros, no entanto, foi esperto em ficar do lado do irmão mais velho, senão já estaria morto.

      Wenner estava fedendo na sua mesa; foi torturado todos os dias até Lucien acordar. Hoje seria a despedida dele.

       Ele já não tinha mais os braços, as pernas e os mamilos. Uma das médicas que trabalhava para os irmãos Illyrian, teve a irmã mais nova estuprada por ele. A médica tinha prazer em mantê-lo vivo para o tormento dele continuar.

     O desgraçado nem se reconhecia mais, no entanto, ainda sentia bastante dor, e era somente isso que Azriel precisava dele. Wenner murmurava qualquer merda quando Azriel pegou sua adaga favorita e cortou o pau dele fora.

     O infeliz começou a gritar, e Az sabia que não iria aguentar por muito tempo. Pegou o membro nojento e enfiou dentro da boca dele. Apertou o botão da mesa composta por incineradores nas laterais e queimou o Vanserra vivo.

     Os berros não eram suficientes. Azriel queria mais, queria banhar-se no sangue de todos eles.

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Dois dias depois...

     — Não pode dizer isso! — falou Vassa agarrando sua mão. — Vamos ficar aqui com você.

      Lucien fechou os olhos com força, tentando não gritar com a sua melhor amiga que era teimosa demais. Jurian olhava-lhe com uma expressão de mágoa.

      — Não quero falar com ninguém — sua voz saiu áspera. A língua estava pesando dentro da boca. — Quero ficar sozinho.

      Ele ainda permanecia de olhos fechados, apenas escutando o barulho infernal dos equipamentos ligados em seu corpo. Sentia muita dor de cabeça e não queria mais ter que falar com ninguém.

      — Vamos, Vas — disse Jurian. — Ele quer ficar sozinho.

      — Mas ele...

      — Vamos! — repetiu seu amigo.

      Lucien escutou a amiga soltar um bufada de irritação e sair do quarto junto com o namorado. Quando a porta fechou, abriu os olhos para a claridade. Conseguia ver tudo parcialmente com um olho, o outro estava tapado.

       Quando acordou dias atrás, não conseguiu pensar direito e nem assimilar o que tinha acontecido. Acordou com muita dor de cabeça, a luz do quarto agredia seu olho, a garganta estava seca e dolorida por causa do tubo de alimentação e respiração. O corpo estava fraco demais e até mesmo seu pau estava machucado devido à solda.