Eu odeio você

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POV GIZELLY

Rafa e eu trocávamos algumas mensagens enquanto Juliette falava sobre o encontro que teve mais cedo. Quase não ouvia o que ela dizia, a conversa com Rafa estava divertida.

-Ei, que sorrisinho é esse aí? — Ju estalou os dedos em minha frente.

-Tô conversando com a Rafa. — Bloqueei a tela prestando atenção em minha amiga.

-Vocês duas não se desgrudam mais. — Ela disse em um tom reclamão. — Quero ser madrinha do casamento.

-Tá maluca? — Arregalei os olhos. — Somos amigas.

-Eu tô só brincando. — Ela gargalhou me fazendo jogar uma ameixa nela. — Mas não seria nada mal você se casar com a Rafa, ela é linda, inteligente, tem uma profissão linda.

-Mas não quer compromisso. — Reafirmei. — E eu também não quero.

-Eu odeio a Ivy por te deixar cheia de traumas. — Juliette tinha uma expressão de raiva no rosto.

-Olha só, Rafa e eu estamos bem assim. — Suspirei mudando de assunto, não quero falar da Ivy. —Não quero me magoar ou que ela se magoe. Nossa amizade tá crescendo acima de tudo, e poder ter sexo no meio disso é maravilhoso.

-Divirtam-se então. — Sorri com o comentário e meu celular apitou uma nova mensagem. — É ela?

-Sim, ela tá vindo aqui. — Franzi o venho, pois combinamos de não nos vermos por esses dias.

-Ih, vou pro meu quarto. — Juliette se levantou dando da volta na mesa. — E vê se tenha modos, da última vez não consegui me concentrar no meu pornô com os gemidos de vocês.

-Use os fones. — Brinquei dando os ombros e ela me empurrou. —Não tem como impedir o cantor de cantar.

Ju revirou os olhos subindo pro quarto dela. Dei uma ajeitada rápida na cozinha, em seguida fiquei na sala esperando que ela chegasse. Ouvi a campainha tocar e corri pra abrir, sabia que era ela, pois ela tinha acesso livre ao meu prédio.

-Oi? — Abri a porta com um sorriso largo no rosto. — Sentiu saudades?

Brinquei com ela, mas Rafa apenas soltou um sorrisinho desanimado. Dei passagem e ela deixou a chave do meu carro em cima da mesa.

-Vim devolver o carro. — Ela tinha uma expressão levemente triste. — Não vou precisar.

-Aconteceu alguma coisa? — Perguntei mesmo sabendo que ela não falaria.

Em pouco tempo que estávamos nos envolvendo, já percebi que a Rafa é bem fechada e quase não fala sobre ela.

-Tá tudo certo, só não vão usar mesmo. — Dei os ombros me sentando no sofá. — E não quero saber de você correndo risco de vida andando de bicicleta por aí.

-Tá pensando o que? Eu sei andar de bicicleta. — Ela se sentou ao meu lado. — E você pode cuidar dos meus ferimentos caso isso aconteça.

-Eu negaria atendimento. — Ela soltou o primeiro  sorriso alegre da noite — Não se atreva a me colocar como seu contato de emergência.

-Isso não é contra o juramento de médico? — Perguntei tentando descontrair ela.

-Sim, mas eu me negaria mesmo assim. — Ela deu os ombros e retirou os saltos. — Preciso me distrair antes de voltar pra casa.

Ela montou em meu colo segurando meu rosto entre as mãos. Seus lábios tomaram os meus com certa violência. Minhas mãos foram automaticamente para sua cintura em um contato conhecido por nós duas.

Love me herder  (g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora