Quer conversar?

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POV RAFA

Gizelly me segurava pela cintura e sua respiração batia contra minha nuca. Me virei com cuidado e ela dormia tranquilamente. Sorri me lembrando da fúria que me trouxe até o apartamento dela.

O álcool me dominou, nem sei como consegui passar os endereço para o motorista, só sei que queria chegar aqui logo. Não sei o que me deu, só queria ver Gizelly e me certificar de que ela não ficaria com ninguém. Respirei fundo e passei a mão pelo rosto dela.

-Gi?– A chamei baixinho. – Gi acorda.

-Tá cedo. – Ela apertou ainda mais o meu corpo.

-Eu preciso ir embora. – Ouvi seu suspiro. – Tenho um plantão agora e eu ainda preciso ir pra casa me trocar.

-Quer que eu te leve? – Ela perguntou ainda de olhos fechados.

-Não precisa, tá cedo e você pode dormir mais. – Deixei um selinho em seus labios. – A gente se vê depois?

Gizelly abriu os olhos me encarando, eu ainda estava envergonhada pela a forma que cheguei aqui, mas eu quero continuar o nosso lance, temos uma boa conexão, a gente se entende bem.

-E a gente? – Ela se despertou por completo. – Como ficamos?

-Olha, me desculpa por ter surtado. – Respirei fundo antes de continuar. – Eu me precipitei, mas quero continuar vendo você, vamos continuar com o nosso lance, tá bem? Deixar tudo como estava.

-Ok Rafaella. – Ela é uma das poucas pessoas com quem não me importo de me chamar pelo nome completo.

-Te vejo mais tarde? – Perguntei na expectativa.

-Sim, me liga quando tiver um tempo. – Nos levantamos e eu vesti meu vestido de ontem.

-Tchau. – Segurei seu rosto entre as mãos e deixei um beijo demorado.

{...}

Passei o dia com uma dor de cabeça terrível, fiz uma nota mental para lembrar de não misturar champanhe e tequila. Trabalhei quase no automático e graças a Deus o plantão foi tranquilo.

-Oi, você sumiu ontem. – Encontrei o Bruno no corredor. – O que aconteceu?

-Oie. – Respondi sem graça. – Precisei resolver um problema.

-Entendo. – Ele tinha uma carinha de decepção. – Mas podemos sair pra beber algo, o que acha?

-Claro. – Fernanda se aproximou me dando uma alta para assinar. – A gente se fala depois, tá bom?

Ele concordou com a cabeça e se afastou, Fernanda me olhava sorrindo de lado querendo saber o que estava rolando.

-Vocês dois estão saindo? – Assinei a alta enquanto íamos em direção a ala clínica.

-Não, apenas fomos juntos na festa de ontem. – Dei os ombros. – Vamos trabalhar?

Ela assentiu e seguimos para nossas respectivas funções. Ainda teria mais doze horas de plantão, antes de poder ir pra casa descansar.

Os dias se passaram rapidamente, Gizelly e eu continuamos nossos encontros, e dormimos juntas algumas vezes, mas continuamos com as nossas regras. Eu gosto bastante do que temos e espero que nada nos atrapalhe.

Finalmente teria folga no fim de semana, porém eu nunca sabia bem o que fazer com meu tempo livre, quando eu não estava no hospital, eu estava com Gizelly, entretanto hoje ela estava ocupada na parte da manhã e eu teria que arrumar algo pra fazer.

-Amiga, vamos pra praia? – Manu me chamou enquanto eu mexia no celular. – Cansei de ficar em casa.

-Vamos. – Me levantei largado o celular. – Gizelly não me respondeu.

Love me herder  (g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora