Gizelly ainda sente dor no coração pelo fato de ter sido chutada por Ivy, com quem namorou por oito meses. Para piorar a situação, descobre que ela é a nova namorada de seu pai, Heriberto, um ex astro de TV dos anos 80. Desejando esquecê-la e seguir...
Natalie dirigia pelas ruas de forma tranquila e o som do carro tocava Carol Biazin baixinho, ela cantarolava e eu estava perdida em meus pensamentos. Fiquei muito surpresa em encontrar Rafa no bar, ela estava tão linda, queria tanto ver ela hoje a noite, mas eu entendo que ela não podia e precisava aproveitar a mãe dela.
-Tá tudo bem, Gi? – Natalie colocou a mão sobre a minha coxa.
-Tá sim. – Sorri colocando a mão por cima da mão dela. – Obrigada pela carona.
-Imagina, é um prazer. – Ela sorriu pra mim, Natalie sempre foi um amor comigo e eu gosto bastante da companhia dela. – E o seu novo roteiro? Me dá ele pra ler.
-Tá com o meu pai. – Suspirei pesado. – Vou pegar com ele depois e te passo pra você ler.
-Eu te acho bastante talentosa, Gi. – Natalie estacionou em frente ao meu prédio. Acabei decidindo ir pra casa e como Juliette iria sair com um contatinho, ela se ofereceu pra me deixar aqui.
-Obrigada, Nath. – Soltei o cinto e me aproximei do rosto dela.
Ela suspirou e alisou meu rosto, Natalie se aproximou deixando um beijo no meu rosto quase perto da boca.
-Tchau, Gi. – Me afastei me despedindo dela.
-Até depois. – Desci do carro subindo direto para o meu apartamento.
Tomei um banho demorado, precisava relaxar, o álcool já estava se esvaindo do meu corpo. Meus pensamentos estavam confusos, era estranho sentir tanta falta da Rafa, mesmo que não tenhamos nada, eu gosto da presença dela, gosto das nossas conversas, gosto do som da risada dela. Suspirei e desliguei o chuveiro e me joguei no colchão do mesmo jeito que sai do banheiro.
Estava quase pegando no sono, quando meu celular começou a notificar mensagens. Sorri largamente ao ver o nome de Rafa na tela e logo me animei.
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Entretanto, a resposta que recebi foi um balde de água fria. Rafa estava com a mãe e eu não posso cobrar ela por isso. Guardei o celular e tratei de dormir, amanhã seria um novo dia e eu não pensaria tanto nisso.
{...}
Acordei cedo na segunda-feira, Juliette já preparava nosso café e minha cabeça estava levemente dolorida pelo fato de ter bebido bastante ontem.
-Bom dia, Ju. – Beijei o rosto da minha amiga. – Chegou agora?
-Sim, estava com o João Vicente. – Revirei os olhos. – Ele é legal, Gi.
-Não me desce. – Ela sorriu e sentou.
-Achei que não tava em casa. – Me servi uma xícara de café. – Não foi pra casa da Natalie?
-Não, ela me deixou aqui e foi pra casa dela. – Dei os ombros.
-Você sabe que ela arrasta uma asa pra você, né? – Juliette tinha um sorriso divertido nos lábios.
