Love me herder (g!p)

Nunca mais

POV RAFA

Há dias eu ando pensativa com algumas coisas, minha relação com Gizelly está me deixando sem sono, não quero acreditar que eu esteja nutrindo sentimentos por ela, não era esse nosso combinado.

Levantei da cama e tratei de não ficar pensando nisso. Tomei meu banho para me preparar para mais um dia antes de me encontrar com Gizelly a noite.

Separei a roupa que iria vestir e coloquei na bolsa, coloquei minha bolsinha de maquiagem e meu perfume também, deixei tudo pronto antes de tomar meu café na companhia de Manu.

-Bom dia Manuzinha. – Deixei um beijo na bochecha da minha amiga.

-Bom dia! – Manu respondeu animada.

-Vai sair hoje? – Perguntei me servindo o café.

-Sim, o Julio vai me levar pra Jantar. – Era bom ver minha amiga apaixonada. – E você?

-A Gi me chamou pra sair. – Dei os ombros e ela me encarava curiosa.

-Um encontro? – Ela perguntou e em seguida mordeu a torrada. — Você sabe que hoje é dia dos namorados?

-Mais ou menos isso. – Minha amiga sorriu tão largamente que até achei que o sorriso ficaria ali pra sempre. — E sim, eu sei que dia é hoje.

-Então vocês vão dar o próximo passo?

-Não, claro que não. – Tratei de responder rápido. – Apenas vamos sair juntas, nada muda entre a gente.

Manu negou com a cabeça e continuamos nosso café, entre um assunto e outro. Não quero dar corda nesse assunto, pois minha amiga ama teorizar tudo. No meio do nosso assunto meu telefone tocou aparecendo a foto da minha mãe.

Mãe ligação on:

-Oi mãe, tudo bem? – Atendi no segundo toque.

-Oi filha, tudo bem? – Ela tinha uma voz triste na ligação, conheço minha mãe como a palma da minha mão.

-O que aconteceu, você tava chorando? – Perguntei logo de cara, pois sei identificar a voz dela.

-Não é nada. – Ela fungou e contuneou. – Não precisa se preocupar.

-Mãe, eu te conheço. – Respirei fundo. – O que seu namorado fez?

-Não é culpa dele, filha. – Minha mãe justificou e eu comecei a me irritar. – Nós demos um tempo.

-EU SABIA QUE ESSE CARA NÃO PRESTAVA. – Alterei a voz fazendo Manu se assustar. — O que ele aprontou?

-Rafa, calma. – Minha mãe tentava me explicar. – Não é isso, ele recebeu uma proposta de trabalho ai no Rio e nós dois achamos melhor dar um tempo, pois eu não aceitei me mudar com ele. Mas esquece isso, tá? Só liguei pra saber como você está.

-Não gosto quando você fica assim, mãe! – Suspirei pesado, minha mãe já sofreu com o abandono do meu pai, e agora desse cara.

-Vai passar. – Ela acabou mudando de assunto e encerramos a ligação em seguida.

{...}

Passei o dia pensando na minha mãe, sei o quanto ela deve estar triste, ela é uma pessoa muito sentimental e senti tudo à flor da pele. Tentei focar no trabalho e foi ainda pior, várias pessoas na emergência, alguns acidentes e até mesmo uma morte. Sei que deveria me acostumar, mas isso é muito ruim, a carga de energia fica pesada. Dei graças a Deus quando meu turno se encerrou e eu pude me preparar para o meu encontro com Gizelly, aproveitei no meio tempo e fiz um cartão bobo para ela, apesar de tudo, sei que ela faria minha noite ser mais especial.