Você tem certeza disso?

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POV GIZELLY

Me encontrava em estado de negação, depois do que Ivy me disse ao telefone eu me desesperei, meu pai estava no hospital e Ivy não soube me explicar o que aconteceu. Dirigi rapidamente pelas ruas do Rio, até chegar ao hospital, onde minha ex namorada me esperava na portaria.

-O que aconteceu Ivy? – Ela andava de um lado para outro segurando o Jackinho no colo.

-Não surta, Gi. – Ela me entregou o cachorro. – Seu pai teve uma overdose de antialergico.

-O que? – Perguntei franzindo as sobrancelhas.

-Estávamos em uma festinha e seu pai acabou se empolgando no drink feito com antialérgico. – A cada minuto a história estava ficando mais doida. – Seu pai estava bem chapado.

-Ivy? Vocês estão de brincadeira comigo? – Perguntei de novo.

-Olha eu até tentei levar essa relação adiante, mas seu pai é um idiota. – Ela disse com sinceridade. – Eu não quero isso pra mim, e fora que ele tá velho também e já não tem o mesmo sucesso de antes.

-É, ele é velho Ivy. – Passei as mãos no cabelo irritado e ela me entregou o Jackinho.

-Eu fui burra, Gi. – Ela se aproximou tocando meu rosto. – Não deveria ter terminado com você.

-Sai de perto de mim, Ivy. – Empurrei sua mão. – Sai de perto da minha família, não quero ver você nunca mais.

Agarrei o Jack e sai em passos largos em busca de informações sobre o meu pai. A recepcionista me informou o quarto dele e me deu um crachá de visitante, escondi o Jack na bolsa e subi para o nono andar. Algumas lembranças invadiu minha mente, me lembrei do dia em que me encontrei com Rafa em dos quartos vazios, soltei um sorriso nostálgico e sacudi a cabeça pra esquecer aquilo.

-Oi, com licença. – Entrei no quarto indicado e dei de cara com a Fernanda, amiga da Rafaella. – Como ele tá?

-Oi Gi. – Ela ajustava a medicação. – Ele tá bem, deve acordar daqui a pouco.

-Que horas ele chegou aqui? – Perguntei preocupada.

-Era umas quatro da manhã. – Ela se virou e anotou algo na prancheta. – Mas fica tranquila, foi só um susto.

-Obrigada. – Ela tocou meu ombro me deixando sozinha com o meu pai.

Me acomodei na poltrona e fiquei ali adimirando o rosto sereno do idiota do meu pai enquanto ele não aocrdava. Mesmo com todos os erros do mundo, ele fez o melhor que pode, nunca deixou que nada me faltasse, amor, carinho, compreensão. Quando minha mãe nos deixou eu entendi que seríamos ele e eu pra sempre, e nunca iremos largar a mão um do outro.

-Filha? – A voz dele saiu fraca e eu me aproximei.

-Oi pai. – Passei a mão em seus cabelos. – Como está se sentindo?

-Minha cabeça pesa três toneladas. – Ele disse levando a mão na testa. – Eu sou um idiota, né?

-Sim, a pessoa mais idiota que eu conhcço. – Concordei fazendo ele sorrir de lado.

-Me desculpa, você não merece um pai como eu. – Ele abaixou as vistas. – Eu achava que daria conta quando sua mãe se foi, mas eu meti os pé pelas mãos. Às vezes sinto falta dela.

-Você deu conta e eu agradeço por tudo que fez pela gente. – Beijei sua testa. – Mesmo nas suas sandices, você sempre me protegeu e cuidou de mim.

-Você é uma pessoa incrível e tenho certeza de que seus filhos terão muito orgulho de você. – Foi minha vez de suspirar e abaixar a cabeça.

-Isso não vai acontecer tão cedo. – Me lamentei.

Love me herder  (g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora