The Prisoner and the Occlumens | Sevmione

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A sala circular era a mesma de sempre – imaculada, suntuosa e cafona – e Hermione marchou direto para a mesa. Já era tarde, e a confissão comovente de Severus a havia esgotado, mas Hermione tinha negócios aqui esta noite, e ela não iria adiar. Dumbledore já estava em seu grande corpo atrás da mesa; na verdade, ele parecia estar esperando por ela.

— Olá, minha querida — disse o retrato de cabelos grisalhos. Hermione checou as outras pinturas e descobriu que, com certeza, elas estavam sozinhas no escritório. Ela se voltou para Dumbledore, que sorriu benignamente para ela, abrindo os braços em convite. — Vamos... qual é a frase trouxa? Vamos bater boca?

— Não. Não vamos bater boca Eu vou. — Ela sacudiu a varinha e uma mordaça apareceu na boca enrugada do bruxo. Seus olhos azuis endureceram e ele olhou para ela. — Eu sei que você não é o verdadeiro Dumbledore, mas você é o melhor que posso conseguir esta noite, então você terá que servir. — Ela respirou fundo, antes de continuar: — Você preparou toda essa situação para que Harry morra, não lutando, nem defendendo os inocentes, mas conforme sua conveniência. Você preparou isso para que, quando chegar a hora, ele não terá escolha. Assim como Severus não teve escolha, assim como nenhum de nós teve escolha. Posso entender alguns de seus motivos para fazer isso dessa forma - menos perda de vidas é o que eu tenho certeza que você citaria primeiro, já que isso ecoa tão bem para o bem maior - mas qualquer motivo possível é falso diante da realidade que você conjurou.

Ela se forçou a respirar fundo e respirar fundo. Ela sentiu seu cabelo vibrar com eletricidade, e todo o seu ser parecia estar a ponto de queimar um fusível. Seu Olho da Mente surgiu e Hermione, agradecida, classificou suas emoções por um longo momento.

— Vou lhe dar crédito suficiente para dizer que você conheceu Harry Potter — ela continuou, sua voz calma e firme. — Você o conhecia. Você se certificou de que sim. E então você sabia as escolhas que ele faria. Você deveria ter permitido que ele fizesse essas escolhas - de verdade - não sob coação e pressão e só Deus sabe que outros tipos de coerção. Você sabia melhor, Dumbledore — o peso das palavras coloriu sua voz, enchendo-a de seriedade. — Você deveria ter feito melhor.

Hermione sacudiu a varinha e a mordaça desapareceu. Dumbledore a encarou, mas não olhou mais nos olhos dela; observando-o de perto, ela viu lágrimas escorrendo por seu rosto e em sua barba prateada, como haviam feito na memória de Severus.

— Senhorita Granger — ele começou finalmente, — você expôs suas queixas contra mim, e eu aceito suas repreensões sem reservas. Assim como você disse, agi com crueldade unilateral nesta guerra, e lamento profundamente a dor que fiz você e os seus passarem. E agora, eu... — ele pareceu lutar consigo mesmo por um momento, antes de se endireitar para encontrar os olhos dela. — Eu gostaria que você soubesse de uma coisa.

Seus brilhantes olhos azuis fitaram os dela, e Hermione sentiu o peso da tristeza saindo dela suavemente. Severus estava certo. Há uma última peça do quebra-cabeça e esta era a única maneira de encontrá-la. Ela acenou com a cabeça para Dumbledore continuar, seu estômago embrulhado de pavor e esperança.

— Não pretendo que Harry vá para a morte — disse ele. — Mas ele deve acreditar que terá que morrer. Não posso enfatizar isso o suficiente para você, Srta. Granger! É essencial que, quando chegar a hora, Harry faça exatamente o mesmo sacrifício que sua mãe fez. Mas eu prometo a você — seus olhos azuis brilharam e depois - para o espanto de Hermione - cintilaram, — Tom Riddle não conseguirá matar Harry Potter quando tentar. — O velho sorriu, apesar das lágrimas que ainda escorriam pelo seu rosto. — O próprio Tom criou o meio de destruir a Horcrux dentro de Harry sem matar o garoto. Ele fez isso há muito tempo, quando voltou e escolheu usar o sangue de Harry para formar seu novo corpo.