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Hermione acordou com um leve raio de luz verde filtrando-se no quarto escuro através das janelas subaquáticas na sala de estar adjacente. Ela se virou, sentindo o peso do braço de Severus em volta de sua cintura, seu corpo pesado e adormecido enrolado no dela, envolvendo-a na espiral de sua magia fria. Ele suspirou e Hermione fez uma pausa, espiando através da escuridão para ver seu rosto. Ele dormia como se estivesse falando sério: olhos fechados quase com força, boca fechada, peito subindo e descendo pesadamente. Ela nunca tinha visto alguém fazer com que dormir parecesse tanto uma tarefa árdua, e sorriu quando ele franziu a testa entre as respirações, com o braço apertado ao redor dela.

Um momento de confusão, um rápido Feitiço Tempus – 6h54 da manhã do meu último dia em Hogwarts – e um movimento de sua varinha em direção à lareira iluminaram a sala com uma luz mais quente e brilhante.

Hermione observou o rosto de Severus enquanto o fogo mágico enchia a lareira, enquanto a manhã se aglutinava ao seu redor, enquanto a paixão da noite anterior se dissipava para ser substituída por um medo cada vez maior do que o dia traria. Os olhos do homem moreno se moviam sob as pálpebras, a respiração acelerando enquanto ele sonhava. Ela estendeu a mão para passar os dedos sobre a profunda ruga entre as sobrancelhas. Antes que ela pudesse tocar seu rosto, quando sua mão estava a poucos milímetros dele, Severus abriu os olhos.

— Bom dia — disse ela, tentando sorrir.

— É mesmo? — ele perguntou, levantando uma sobrancelha e abafando um bocejo simultaneamente.

— Bem, foi definitivamente uma boa noite — ela passou os dedos pelos pelos macios do peito dele, — então acho que um bom dia não está totalmente fora de questão.

— Minha reclamação não foi em relação à qualidade do momento, mas à hora do dia, Granger. — Sua boca se curvou maliciosamente em um canto. — Eu julgo que foi na calada da noite.

— É de manhã, Severus, caso você não saiba. — Ela fez um gesto abreviado para a sala iluminada ao redor deles. — Temos que -

— Você está clara e terrivelmente enganada.

— Não, eu lancei um Tempus e é -

Ele a interrompeu com um beijo, e um pouco de seu medo se dissolveu quando Hermione retribuiu o beijo, deleitando-se com as mãos que se moviam sobre suas costas nuas, suas coxas. Relutantemente, ela quebrou o beijo.

— Temos que -

Mas ele a estava beijando novamente, rolando-os para pressioná-la contra o colchão, sua língua movendo-se contra a dela em movimentos amplos, seu corpo quente e duro e desperto com ondas de magia que pareciam penetrar em sua pele.

— Severus — ela conseguiu dizer quando ele se moveu contra ela, traçando uma linha de beijos por seu esterno, — Severus, nós temos que...

Mas sua mente estava descendo de seu estado quase constante de aceleração de volta para uma névoa de prazer enquanto os dedos dele desciam, permanecendo em seus seios, sua barriga, seus quadris até que ele encontrou seu centro, molhado e esperando. Ele a acariciou suavemente enquanto a beijava, os movimentos de sua língua combinando com os movimentos de seus dedos. Ele se afastou para observá-la com olhos semicerrados.

— Que coisa importante temos que fazer, Hermione? — ele perguntou. Ele deslizou um dedo dentro dela enquanto falava, sorrindo quando ela soltou um gemido de prazer. — O que poderia fazer com que você me deixasse com frio nesta cama, nesta noite perfeitamente boa?

— Cale a boca — ela engasgou, levantando os quadris em convite, procurando mais. — Cale a boca, Snape, e venha aqui.

Ela pôs fim às suas palavras, inclinando-se para beijá-lo agressivamente. Sua ereção substituiu os dedos em sua entrada, e Severus se afastou para olhar nos olhos dela. Ela ficou tensa como da primeira vez, e ele esperou até que ela relaxasse sua postura rígida, encontrando seus brilhantes olhos negros com os dela. Lá, ela vislumbrou algo dentro da paixão desenfreada, algo que apenas a mantinha sob controle – uma pergunta.

The Prisoner and the Occlumens | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora