12. OSCILANDO

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— BILLY! — GRITOU CHARLIE assim que saiu do carro.

Eu me virei para a casa, acenando para Jacob ir comigo enquanto corria para a varanda. Ouvi Charlie cumprimentá-lo ruidosamente atrás de mim.

— Vou fingir que não o vi ao volante, Jake.

— Conseguimos a habilitação mais cedo na reserva — disse Jacob enquanto eu destrancava a porta e acendia a luz da varanda.

Charlie riu.

— Sei, claro.

— Eu tenho que me locomover de algum jeito. — Reconheci com facilidade a voz ressoante de Billy, apesar dos anos. O som fez com que de repente eu me sentisse mais novo, uma criança.

Entrei, deixando a porta aberta e acendendo as luzes antes de pendurar o casaco. Depois, fiquei parado à porta, olhando ansiosamente enquanto Charlie e Jacob ajudavam Billy a sair do carro e sentar em sua cadeira de rodas.

Saí do caminho quando os três entraram às pressas, sacudindo a água da chuva.

— Que surpresa — disse Charlie.

— Faz muito tempo — respondeu Billy. — Espero que não seja uma hora ruim. — Seus olhos escuros lampejaram para mim de novo, a expressão indecifrável.

— Não, está ótimo. Espero que possa ficar para o jogo.

Jacob sorriu.

— A ideia é essa. Nossa TV quebrou na semana passada.

Billy fez uma careta para o filho.

— E é claro que Jacob estava ansioso para ver Beau novamente — acrescentou ele. Jacob também fez uma careta para o pai.

— Estão com fome? — perguntei, virando-me para a cozinha. O olhar perscrutador de Billy me deixou pouco à vontade.

— Não, comemos antes de vir para cá — respondeu Jacob.

— E você, pai? — gritei por sobre o ombro enquanto fugia para o outro aposento.

— Claro — respondeu ele, a voz na direção da sala e da TV. Consegui ouvir a cadeira de Billy o seguindo.

Os queijos-quentes já estavam na frigideira e eu estava cortando um tomate quando senti alguém atrás de mim.

— E aí, como vão as coisas? — perguntou Jacob.

— Muito bem. — Eu sorri. Era difícil resistir ao entusiasmo dele. — E você? Terminou seu carro?

— Não. — Ele franziu a testa. — Ainda preciso de peças. Pegamos esse emprestado. — Ele apontou com o polegar na direção do jardim.

— Lamento. Não vi nenhum... O que estava procurando mesmo?

— Um cilindro mestre. — Ele sorriu. — Alguma coisa errada com a picape? — perguntou ele de repente.

— Não.

— Ah. Eu estranhei porque você não a estava dirigindo.

Olhei para a frigideira e levantei a beirada de um sanduíche para verificar o lado de baixo.

— Peguei carona com um amigo.

— Carona, legal. — A voz de Jacob era de admiração. — Mas não reconheci o motorista. Pensei que eu conhecesse a maior parte do pessoal daqui.

Assenti, sem querer me comprometer, mantendo os olhos baixos ao virar os sanduíches.

— Meu pai parecia conhecê-lo de algum lugar.

Crepúsculo - Versão Beau & EdwardOnde histórias criam vida. Descubra agora