MILITANTEZINHA

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Oi, meus amores, segurem a emoção que ainda tem muita coisa pra acontecer, gratidão por todo o retorno independente da opinião, eu leio tudo e estou amando tudo isso. 





No dia seguinte acordei, me arrumei para o estágio, afinal até ter todas as decisões organizadas definitivamente eu seguia a minha vida normalmente e também na noite passada não estava em condições de pensar na possibilidade de me mudar para Londres. Senti uma leve dor de cabeça pelo que tanto que chorei na noite anterior, decidi que a partir dali eu não iria mais chorar pela Valentina, ela fez a escolha dela e pelas razões dela e eu não iria me abalar mais por isso.

O dia no estágio foi calmo, nada fora do normal para a volta do recesso, após sair fui direto para casa, ao chegar fui a cozinha guiada pelo maravilhoso cheiro de café da minha mãe.

- Boa tarde – falei com indiferença pegando uma xícara para pegar o café e em seguida sentar a mesa.

Minha mãe e Carol estavam presentes, informaram que meu pai havia saído com Sara, então estávamos só nós três em casa. Ambas responderam no mesmo tom.

- Chegou tarde ontem. Achei que não iria dormir em casa – minha mãe comentou enquanto mexia em algumas plantas que ficavam sobre um móvel da cozinha.

- É, eu vim – não tinha muito o que dizer a elas.

- Milagre não dormir na Valentina, vocês ultimamente pra quem não namora oficialmente não respeitam nem os dias úteis – Carol respondeu.

- É, mas acontece que eu não estou mais com a Valentina então eu vim para casa.

- Ué, o que houve? – questionou Carol enquanto minha mãe se virou para prestar atenção.

- Nada, só terminamos, somos muito diferentes – cortei o assunto.

- Só? Vocês pareciam tão apaixonadas.

- Nem tudo que parece é, não é, Carol?! – respondi seca.

- Pelo menos uma de vocês parece sensata - comentou.

- Se tem algo para dizer, seja mais clara - falei sem paciência.

- Só estou dizendo que seria uma idiotice deixar de seguir os seus sonhos por causa da Valentina, então que bom que ela tomou uma atitude, agora vê se não perde a oportunidade.

- Carol, não fala assim com a sua irmã, isso lá é coisa que se diga? – minha mãe repreendeu.

- Eu vou no Roger, mais tarde venho em casa - sem mais nada dizer levantou e saiu porta a fora deixando minha mãe e eu a sós em casa.

Minha mãe caminhou calmamente e sentou à mesa comigo.

- Você quer conversar sobre o que está sentindo, filha? – questionou minha mãe, pegando minha mão e fazendo um carinho.

- Não sei, está tudo muito confuso – ela suspirou balançando a cabeça negativamente - Eu nem consegui pensar no que fazer ainda.

- Vai ver ela está fazendo por você o mesmo que você ia fazer por ela.

- Acho que não – respondi observando o café na xícara - Ela parecia outra pessoa, as coisas que ela falou não parecia a Valentina que eu estive convivendo nos últimos meses.

- Às vezes algumas coisas acontecem e na hora a gente não entende, mas depois percebemos que foi melhor assim. Eu não sei exatamente porque vocês terminaram, mas eu sei que tudo que é pra ser nosso acaba encontrando o caminho certo, mas nem sempre é como a gente gostaria.

Verdade ou Desafio?Onde histórias criam vida. Descubra agora