DECEPÇÃO

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Bom dia, pessoal, segundou??? Bora pra mais uma semana cheia de amor. 




A luz do abajur ainda estava acesa. Valentina e eu ficamos em silêncio por algum tempo apenas compartilhando de todos os sentimentos físicos e emocionais daquele momento.

- Às vezes parece que eu estou sonhando - confessou ela, que estava agarrada em mim deitada no meu peito.

- Parece. Acho que nunca me senti tão feliz.

- Jura? - levantou a cabeça para me encarar.

- Juro - respondi sorrindo, em seguida bocejei - Eu preciso dormir, esse foi o dia mais longo da minha vida.

- Foi, muitas emoções, pareceu uma montanha russa. Eu tenho certeza que nunca estive tão feliz.

- Espero que a partir de agora não tenhamos mais montanhas russas.

- Eu também. Dorme, linda, descansa - disse e me deu um beijo no rosto - Boa noite.

- Boa noite, obrigada por tanto.

Ela se virou e eu a abracei de conchinha e peguei na sua mão entrelaçando nossos dedos. Adormeci em paz sentindo o cheiro de perfume que exalava tomando conta do quarto inteiro. Depois daquele dia cheio de emoções, dormi como uma pedra, daquelas noites que nem sonhamos. Acordei devagar, senti o braço de Valentina, que dormia profundamente, na minha cintura. Não pude evitar de ficar um tempo a observando dormir, em paz, com a respiração leve, distante de toda a confusão e turbulência que havia passado nos últimos dias, a vontade era de encher de beijos, mas fiquei com dó de acordar.

Me movimentei devagar, olhei no celular, era passado das 10 horas. Respondi algumas mensagens no whatsapp para a minha família, que estava recebendo o mínimo de notícias minhas diante da falta de tempo para falar com eles.

Dessa vez informei que estava tudo na paz, que eu ficaria mais uns dias em Lumiar, mas que logo estaria voltando para casa. Minha mãe demonstrou felicidade, assim como Carol, meu pai apenas visualizou as mensagens. Valentina se mexeu me abraçando um pouco mais forte, percebi que estava acordando. Bloqueei o celular e larguei de volta no móvel ao lado da cama. Virei lentamente de frente para ela a abraçando enquanto dava vários beijos no rosto enquanto ela relutava de acordar.

- Bom dia - falei baixinho.

- Shhhhh... - sonorizou Valentina sem abrir os olhos.

- Já são quase 11 horas.

- Não tem problema, estamos de férias.

- Mas já está na hora de acordar.

- Eu não quero sair da cama.

- Mas eu não pensei em sair da cama - falei beijando seu pescoço.

Valentina em um segundo abriu os olhos quando parei de beijar fazendo uma expressão de confusão.

- Em um instante você dá jeito de acordar, incrível - falei indignada.

- Essa não, era uma armadilha - disse chateada.

- Era.

- Mas eu não quero levantar agora - disse bocejando.

- Só mais um pouquinho.

- Pode ser.

Conforme o combinado ficamos mais um tempo na cama, em seguida deixei uma Valentina emburrada embaixo das cobertas e fui tomar um banho. Assim que saí do banho dei-lhe mais alguns beijos e disse que iria descer e estava esperando ela com os demais, ela reclamou um tanto, mas resolveu levantar. É claro que no momento em que a vi levantando sem roupa cheguei a considerar voltar atrás na minha decisão, mas o meu senso de responsabilidade dizia que era melhor não, e convenhamos que eu sou a parte responsável deste casal.

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