DESCOBERTAS

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Antes tarde do que mais tarde, tomem um capítulo novinho pra vocês!!




Levemente desconfortável com a situação, sabia que seria mais honesto da minha parte contar a Valentina sobre o que Mariana havia dito, mas como? E principalmente, eu não tinha ideia qual seria a sua reação, afinal nunca passamos por nada parecido.

Após algumas horas e muitas cervejas no bar, a conversa fluía, estávamos todos no brilho, até que Duda resolveu falar: "vai dar merda" sem falar as palavras "vai dar merda".

- E se a gente virar uma rodada de tequila? - disse Duda levemente alterada.

Todos à mesa, com exceção de mim e Mariana, aplaudiram em apoio.

- Não sei se quero queimar a largada, o ano novo é amanhã - respondi.

- Vamos, Lu. É o velório das suas férias - disse Valentina.

- Não sei, tequila é muito forte.

- Quanto tempo faz que você não bebe tequila? - questionou Valentina.

- Uns anos.

- Então, aposto que a Mari também topa, não topa Mari?

- Ah, pela parceria eu topo - respondeu.

- Então, vamos? - fez biquinho de pidona.

- Taaa, eu topo.

Nova chuva de aplausos dos bêbados da mesa. Valentina pediu a rodada, o garçom trouxe as doses, limões e sal. Cada um depositou um pouco de sal na mão e pegou um copo.

- Arriba, abajo, al centro y adentro! - gritamos em coro antes de ingerir o sal e virar a tequila.

No momento que bebi o arrependimento bateu, nem na minha memória aquela bebida era tão forte, misturada com o tanto de cerveja que eu havia ingerido naquela noite só piorava, mas agora já estava feito. Continuamos conversando, enquanto Duda ainda queria beber outra dose, o que apenas Karine concordou, então as duas beberam mais uma, já sabia que ia ter que carregar a minha amiga para casa. Anunciei a todos que ia ao banheiro, levantei rezando para ter condições de ficar em pé, aí o problema de beber sentada, mas já de pé percebi que estava tudo sob controle.

Ao sair do compartimento para a área compartilhada do banheiro percebi que Karine estava na frente do espelho, sorriu ao me ver.

- Tudo bem aí tequilera? - questionei arrumando o batom.

- Tudo, achei que seria pior - disse rindo - A Valen está bem na sua, sabe?! - fiquei em dúvida se estava fazendo fofoca ou apenas tentando puxar assunto.

- Que bom, porque eu também estou bem na dela.

- Fico feliz, acho que dessa vez ela se prendeu mesmo.

- Como assim? Porque?

- Ah, você sabe, ela não era muito de se apegar. Quero dizer, Valentina é encantadora, mas é o defeito dela. Fica com alguém, é incrível, mas em pouco tempo enjoa. Espero que não me leve a mal por falar, até porque imagino que isso não seja uma novidade para você. Só lamento a troca de irmãos, no fim deu tudo errado - deu de ombros.

- Como assim troca de irmãos? - questionei tirando meus olhos do espelho e a encarando.

- Entre o Igor e a Valentina, oras - respondeu com indiferença, fiquei em silêncio, afinal eu não tinha a menor ideia do que ela estava falando - Ah não, eu achei que você sabia - disse se repreendendo.

Verdade ou Desafio?Onde histórias criam vida. Descubra agora