ESCLARECENDO O PASSADO

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Seguinte, devido a animosidade causada pelo último capítulo, ta aí a continuação. Agora só sexta, galera. A autora fugiu pra Maldivas!!!




Ficamos paradas em silêncio na frente do estúdio depois da saída do Igor. Suspirei, não sabia bem o que dizer, afinal eu agi por impulso, não me arrependo de uma única palavra. Mas eu não sabia bem o que fazer a partir dali. Me aproximei dela, ela parecia em choque, passei a não no seu rosto, ela fechou os olhos ao sentir meu toque e eu a puxei para um abraço.

O corpo dela era tenso num primeiro momento, mas em seguida ela amoleceu e me abraçou com força e enterrou o rosto no meu pescoço, percebi que estava chorando, fiquei ali acariciando os seus cabelos.

- Calma, eu to aqui, tá bom?! Eu não vou mais a lugar nenhum - sussurrei. Ela apenas seguiu agarrada em mim chorando. Demorou um tempo até que se acalmasse, mas quando finalmente cessaram as lágrimas nos afastamos.

- Valen, vamos sair daqui, não é bom ficarmos essa hora aqui na frente - ela concordou.

Saímos juntas em direção ao estacionamento. Entramos no carro e comecei a rodar a cidade sem saber ao certo onde iria. Não me afastei muito de casa, mas eu não tinha a menor ideia de pra onde ir com ela.

As palavras do Igor me atingiram em cheio e tenho certeza que a ela também. Eu queria saber a fundo do que ele estava falando, mas também não achava jeito de iniciar essa conversa.

- Você quer ir para algum lugar? - perguntei despertando os seus pensamentos que pareciam longe.

- Ahnnnn... Pode me deixar em qualquer barzinho, estou precisando beber alguma coisa - falou.

- Eu não vou te deixar em lugar nenhum nesse estado. A não ser que você não queira a minha companhia, aí a situação é outra.

- Não é isso, é que está tarde e você trabalha amanhã. Não quero te atrapalhar - falou.

- Eu estou com você, estou aqui porque eu quero. Você pretende voltar para casa hoje? - perguntei.

- Eu não tenho muito pra onde ir, sabe?!

- Então vamos fazer o seguinte, eu tenho pra onde ir.

- Como assim?

- Confia em mim, vai ficar tudo bem.

Mudei a rota e rapidamente chegamos na minha casa, ela não argumentou em nada, minha família já estava toda dormindo, o que nos poupava de dar explicações. Entramos no mais absoluto silêncio, pé por pé, e fomos até o meu quarto.

Liguei o abajur e pedi para que me esperasse ali. Fui até a cozinha, peguei um vinho, duas taças, abri e voltei para o quarto. Valentina estava sentada no tapete que ficava aos pés da cama mexendo no celular.

- Você disse que precisava beber alguma coisa, aqui está - falei sorrindo.

- Ótimo, acho que foram muitas emoções num dia só, melhor a gente digerir com vinho - falou parecendo um pouquinho mais animada.

Servi as taças, entreguei uma para ela e sentei no chão perto dela.

- A finalização do nosso projeto - falei erguendo a taça.

- Ao seu sucesso - falou.

- Ao nosso - brindamos e bebericamos o vinho.

O silêncio recaiu sobre o quarto, acho que seria a deixa para eu tentar conversar com ela sobre o que tinha acontecido.

Verdade ou Desafio?Onde histórias criam vida. Descubra agora