Capítulo 35 - Bônus

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Dominic Belova
Resmungo de irritação quando encaro o segurança que Rosalie havia designado para mim, seu sorriso debochado me mostrando que não me deixaria sair daquele maldito apartamento nem se fosse uma ordem expedida pelo Papa.
_Acabou menina? _ironiza _você não vai sair daqui até a madame voltar, deu pra entender ou quer que eu desenhe? _debocha.
_Vamos ver seu idiota? _desafio e ele sorri aceitando.

_SEU HIJO DE UMA...
_Olha a boca! _interrompe do outro lado da porta _a Don não vai gostar nada de saber desse seu comportamento... _ouço um estrondo vindo de fora daquele banheiro _merda _ouço-o praguejar _fique calada garota _comanda e tudo fica silencioso.
Rapidamente faço algo que aprendi com Daryl, abro os armários e encontrando as toalhas e pego uma delas enrolando-a em minha mão direita, correndo em direção a janela do banheiro que era grande o suficiente para que eu passasse, quando subo no vaso, me espanto com a sequência de tiros que é efetuado pelo apartamento e rapidamente quebro o vidro, subo sob a caixa d'água de porcelanato e me impulsiono pela janela, disparando em queda livre em direção a caçamba de lixo, no momento em que ouço a porta do banheiro ser arrombada, caio em meio às sacos.
_Lá embaixo! _ouço um homem exclamar.
Pulo da caçamba e entro na primeira rua que vejo, tentando seguir em direção as ruas movimentadas.
_Ok Dom, sem pânico, faça o que seus pais ensinaram... _murmuro arrancando uma jaqueta de um varal pelo qual passo e rapidamente o coloco, alcançando a rua principal.
  Jogo o capuz sobre a cabeça no momento em que passo na frente do prédio onde eu estava, alguns homens estranhos passando por mim sem me ver, continuo caminhando de cabeça baixa e acabo tombando com um homem alto, arrancando a carteira do paletó sem que ele o note.
_Desculpe... _murmuro seguindo em direção a enorme feira, abrindo a carteira e arrancando as notas de dólar que haviam ali _tem que servir pra alguma coisa _resmungo entrando em uma loja de roupas no momento em que vejo um quarteto de homens passar pela entrada vasculhando o local.
  Sem perceber, rapidamente pego uma calça preta e um par de tênis em uma banca descuidada e corro para uma loja de materiais estranhos e aproveito para vestir tudo, quando saio, me vejo um dos homens me encarar e vir em minha direção no momento em que vejo um grupo de meninas vestidas com roupas escolares e me enfio no meio delas.
_Meninas, me perdi de vocês! _exclamo animadamente e recebo alguns olhares confusos mas sem parar a caminhada que faziam.
_Quem é você? _pergunta uma delas.
_Então... _dou um sorriso sem graça.
 
Suspiro de alívio quando entro na cafeteria, os pés doendo dentro dos tênis, meu cabelo preso em um coque improvisado, eu precisava encontrar Rosalie e os gêmeos estranhos.
_Vai querer pedir? _ouço a voz da garçonete e resmungo.
_Dois capuccinos _ouço a voz rouca as minhas costas e fico tensa na mesma hora _não é querida? _ouço e ergo o olhar para o homem de olhos escuros.
Klaus...
_ok _ouço-a confirmar e ele se senta a minha frente, o pirulito em seus lábios fazendo-o perder um pouco da pose de homem mau.
_mierda _xingo baixinho e o vejo sorrir.
_Achou que fugiria de mim pequena? _ironiza apoiando os braços sob o tampo da mesa _você me deve uma lâmina _afirma e bufo.
_Seu disco já está muito repetido senhor _coacho e o vejo trincar o maxilar.
_Onde está Rosalie? _pergunta sério.
_Se você não sabe, porque diablos eu saberia? _pergunto e ele assente.
_Soube que você é uma puttanna muito valiosa para algumas pessoas _ameaça e tensiono.
_Você é um monstro _constato e vejo a garçonete se aproximar.
_Monstro não pequena, sou apenas... um homem de negócios _afirma encarando meus olhos com um olhar estranho, eu conhecia muitos olhares, mas aquele eu nunca havia visto antes, ele me assustava _eu sei que você fará 21 anos em algumas semanas e nunca disse isso a Rosalie, sei que seria vendida a um homem rico nesta cidade _sorri falsamente quando a garçonete coloca as bebidas sob a mesa e se retira _eu sei tudo sobre você _assevera e vejo alguns dos homens maus entrarem no estabelecimento e tensiono mais ainda _e sei também que precisa de ajuda, que precisa de mim _sorri maldosamente.
_O que você quer em troca? _sussurro e ele abre um largo sorriso vitorioso.
_Agora estamos falando a minha língua pequena _afirma acariciando meus cabelos, colocando sinuosamente o capuz sobre eles _faria negócios comigo pequena? _pergunta e engulo em seco.
_Seria como vender a minha alma não é? _sussurro e vejo um dos altos homens se aproximar de nossa mesa.
_Todo acordo tem perdas _afirma e logo sinto sua mão que acariciava meus cabelos segurar minha nuca, sua boca tomando a minha de um segundo para o outro de maneira estranhamente carinhosa.

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⏰ Última atualização: Jul 30 ⏰

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