Derrotado.
Derrotado era como Takemichi voltava para casa. Segurando sua carta de demissão como se aquilo queimasse a sua pele, deveria está queimando mesmo, porque machucava carrega-la.
Nem tudo está perdido. Eu só fui chutado do meu trabalho depois de ouvir 2h de desaforos.- Ele pensa.
Tudo o que mais queria agora era a sua casa, sua namorada e um bom ramem. Imaginava chegar em casa e ser recebido com aquele sorriso que desde pequeno lhe fazia delirar, sentir o cheiro de cereja vindo dos cabelos castanhos e provar da pele branquinha da garota. Nada é tão ruim se ele a tiver, ele suportaria o mundo pela garota, ele coloca um sorriso no rosto todas manhãs só para alegrá-la. Mataria e morreria por ela sem nem pensar duas vezes.
Quando seus joelhos tocaram o chão e suas mãos sustentaram a caixinha de veludo preta ele não esperava ouvir um ''sim'' da parta dela, não imaginava que precisava tanto daquele sim até recebe-lo. Tudo se fez cor quando ela lhe olhou nos olhos e disse que o amava, quando seus lábios de perolas tocaram os seus. Uma necessidade que ele não imaginava ser tão sufocante. Era sufocante só imaginar ficar sem os fios de chiclete cereja.
Só de pensar nela ele já estava sorrindo, nem tinha motivos para isso, mas estava sorrindo e largo.
Decidiu passar numa lojinha de conveniências para comprar os doces que ela disse que gostava, ele achava aqueles doces horríveis, mas se ela gosta ele compraria toda a fabrica mesmo sem ter nem metade do dinheiro necessário.
Já estava na porta de casa. Estranhou a mesma está aberta naquele horário, Hinata não costumava deixar aberta e por isso ele entrou lentamente suspeitando de que algo poderia está ali além dela. Tudo estava escuro, apenas uma luz acesa no corredor do segundo andar que destacava de todas as outras portas ali a porta do quarto do casal, que também estava aberta.
Ele sobe as escadas lentamente, olhando para todos os lados esperando um sinal de alguém ali. De repente escuta um gemido sôfrego e carregado de pura lascívia, mas o Hanagaki não levou em consideração isso frisando só que era um gemido e era da Tachibana. O som da cama era bastante sugestivo, como se algo subisse e descesse com força sobre as molas. Não só gemidos femininos agora arfadas graves também ecoava pela casa. Takemichi já não tinha certeza se queria ir lá ver o que estava acontecendo.
Mas mesmo assim ele foi. Caminhou dessa vez com mais pressa, mas de forma silenciosa, se fosse o que estava pensando melhor seria não avisar que o corno está em casa. Cerrou os punhos tentando equilibrar os sentimentos destrutivos dentro do peito, não queria explodir de raiva ou cair no choro ali.
Parou de frente a porta, respirou fundo tentando ignorar os sons de prazer imundo vindo daquele quarto, do seu próprio quarto. Tocou a maçaneta e empurrou a porta de uma vez, com a força a maçaneta na parte de dentro bateu na parede fazendo os pombinhos apaixonados caírem da cama direto no chão.
— Ta-Take! O que você faz em casa por agora?
Takemichi aperta com mais força a sacola em sua mão, sua vontade era de estapear a cara dela com aquela sacola, mas ele nunca faria isso.
— Agora eu não posso mais vir para a minha própria casa ?! A quanto tempo você faz isso na minha ausência, Hina? A quanto tempo você me engana?!
— Melhor você não saber, Hanagaki. - Sorri lascivo.
Os olhos do Hanagaki fumegam o de pele morena e cabelos loiros, ele ainda ousou abrir a boca, queria mesmo ser jogado pela janela sem direito nem a roupa do corpo.
— Não é isso que você está pensando, Take!
— Ah não se preocupe, eu não estou pensando em nada, EU ESTOU VENDO!
A garota se levanta sem se importar com a nudez, ela corre até o de fios morenos parado na entrada do quarto, segura-o pelo rosto, seus olhos estavam cheio de lagrimas reprimidas, mas visíveis naquela proximidade.
— Take, olha pra mim, amor. Eu ainda te amo, foi um deslize, um erro de momento, o meu coração pertence a você, Take!
— Por que você fez isso? Eu não era suficiente para você? Se estava infeliz comigo, se você não me desejava mais, era só ter falado, iriamos conversar e mesmo mastigando o meu coração eu te liberaria, te deixaria ser feliz! Você não precisava fazer isso, e logo com ele! Logo com o Kisaki!
Hinata já chorava junto com o rapaz, seus grandes olhos de outono brilhavam com as lagrimas, parecia um choro sincero, era o que Takemichi pensava. Mas nem fudendo se deixaria enganar novamente por aqueles olhos falsamente inocentes, não cairia na sua manipulação. Esperou por uma resposta, uma justificação, mas essa não veio, a garota apenas o encarava com uma expressão de dor enquanto chorava muito. Já perdeu muito tempo naquele teatro então fechou a cara e se livrou das mãos delicadas e macias que prendiam fielmente seu rosto, amaria ter aquelas mãos ali e em outro lugar também, mas não lhe cabia mais, foi decisão da própria lhe perder.
— Não quero te ver mais. Espero que seja feliz com a sua escolha.
— Takemichi!
Ele se vira fechando a porta na cara dela, não expressava mais sua dor, seus olhos secaram a força e na marra.
— Vem terminar o que você começou, Hina.
— Vai se fuder.
Muito bom dia, meus filhotes de Draken calvo! (obs: Tá de noite na hora que estou escrevendo isso, mas como o pai aqui é brisado, o dia vira noite e noite vira dia.)
Geeente... É triste, eu shippava esses dois.
Mas e o que vocês acharam?
Desculpa aí qualquer erro de ortografia, eu não vi nenhum quando revisei.
Já deixou seu apoio na estrelinha bem ali? Não vai custar nada, cara!
É isso, até o próximo capítulo!
Um beijo na sua mãe.
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Dançando Com a Morte [ MiTake ]
Hayran KurguTakemichi buscou por sua independência desde muito cedo. Já não suportando mais os abusos do pai ele sai de casa indo morar com seu melhor amigo. Anos depois ele recebe uma ligação desesperada. Era sua mãe. Em prantos ela lhe conta que seu pai esta...