O Iɴɪ́ᴄɪᴏ ᴅᴀ Dᴇsɢʀᴀᴄ̧ᴀ ᴅᴇ Cʜᴀʀʟᴇs Xᴀᴠɪᴇʀ

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N.I:

Isso aq é pra qm já leu as minhas outras histórias e que sabe o que vai começar nesses capítulo (certeza que esse pessoal deve tá me odiando).

Boa leitura!

♡︎

2012

Narrator

— Charles, você não quer fazer algo? — Raven lhe pergunta com a testa franzida de preocupação.

Fazia alguns meses que o comportamento de Charles estava mudando, ele estava perdendo o interesse por coisas que antes lhe eram totalmente interessantes, não estava muito afim de levantar da cama, as vezes se desligava do mundo e até mesmo os planos que ele estava fazendo com a ajuda de Hank, Raven e Alex para abrir um Instituto ali mesmo, na sua casa, haviam sido pausadas fazia quase duas semanas pois Charles estava desanimado para aquilo.

— Não, eu não quero. — Charles murmura encarando a janela da biblioteca que havia na Mansão.

— Você não pode ficar desse jeito o dia todo. — a mutante diz e o telepata olha para ela.

— Mas eu já estou desse jeito.

— Mas não era pra tá.

Raven respira fundo antes de voltar a falar.

— Charles, é sério, você não era assim antes. — o tom da sua voz era totalmente sério — Tem alguma coisa acontecendo?

“Tirando a parte de que provavelmente estou ficando deprimido pelo fato de que eu não posso mais andar por causa de um idiota que botou uma bala na direção da minha medula e me deixou paraplégico mas mesmo assim eu continuo apaixonado por esse idiota?” Charles pensa de modo arrogante.

— Não tem nada acontecendo comigo. — ele insiste.

— Sim, claro, e o Alex tá morto. — a ironia transbordava daquela frase dita pela Xavier.

— Não fala uma coisa dessas! — o outro a repreende.

“Pode me deixar sozinho?” ele pede pela terceira vez e Raven acaba por conceder o pedido, indo embora e deixando-o sozinho, como Charles queria.

Um ano, um ano desde a Segunda Crise dos Mísseis em Cuba (ou S.C.M.C, como Alex apelidou) e na metade desse tempo Charles esperou por Erik, esperou se encontrar com ele durante seus finais de semana na cidade de Nova York ou que o mesmo aparecesse na Mansão.

Mas Erik nunca apareceu e Charles começou a perder suas esperanças.

O telepata sabia que tinha a possibilidade de encontrar Erik pela cidade de Nova York porque era lá que se concentrava as exposições de arte nas galerias já que Erik era formado em História da Arte e tinha feito o curso para ser curador de história da arte.

Mas ele nunca teve sequer um mero vislumbre do controlador de metais e ele acabou por desistir de tentar.

A verdade era que Charles não sabia se Erik ainda estava nos Estados Unidos ou se ele havia voltado para a Alemanha. Era do conhecimento de Charles que Erik ainda tinha alguns parentes vivos no país, incluindo sua mãe e sua prima, que eram as pessoas de quem Lehnsherr mais falava para Charles durante as conversas deles e de quem claramente ele sentia mais saudades.

Xavier desviou o olhar da janela para o tabuleiro de xadrez com suas peças de metal que ele havia jogado com o Alemão durante várias horas. As peças já estavam com um pequeno acúmulo de poeira devido o seu abrupto abandono naquele cômodo.

Ele encarou o tabuleiro e suas malditas peças de metal a medida que ficava com mais raiva de Erik Lehnsherr, sua respiração começou a ficar um pouco acelerada pelo sentimento ao mesmo tempo que seus olhos se enchiam de lágrimas, que eram de raiva.

Então ele empurrou o tabuleiro a baixo e depois deixou suas lágrimas rolarem por seu rosto, ele começou a chorar de tal forma que tivera de cobrir a sua boca com as próprias mãos para ninguém, nem mesmo ele, ouvir seus soluços... Acabou que seu choro de raiva acabou se tornando um choro de tristeza.

E assim começou a desgraça de Charles Xavier.

The Damned Seven YearsOnde histórias criam vida. Descubra agora