2015
Narrator
Erik devia estar olhando, de modo intrigado, sua filha brincar no parque há vários minutos.
Ele estava estranhando que vários pássaros estivessem perto da garotinha que brincava com as aves, que deixavam que a menina de apenas três anos corresse atrás deles para depois voltarem e serem “vítimas” de mais uma “perseguição”.
— Magnus, tu acredita que aquele jegue do Robert... — a frase dita por Tiago morre ao perceber que o outro não estava nem lhe ouvindo — Você tá bem?
— Espera, Tiago. — Erik pede sem tirar os olhos de sua filha.
— Ela tá bem? — Tiago questiona olhando Nina junto com o melhor amigo.
— Eu pedi pra você esperar.
Eles ficaram em silêncio durante alguns tempo e observando a garota continuar a correr atrás dos pássaros. Lentamente, o brasileiro formulou a mesma pergunta que Erik tinha em sua mente.
— Nina! — Erik chama depois de vários minutos.
A garota se despede dos pássaros e vai até o pai, que a pega no colo e olha para seu amigo.
— Magnus, você acha...? — Rodrigues tentou perguntar.
— É, eu acho. — Lehnsherr entende a pergunta mesmo ela estando incompleta — Vamos?
A sua pergunta é feita tanto para seu amigo quanto para sua filha, que concordaram e eles começaram a andar até a saída do parque.
— O que você falava sobre Robert? — Erik se vira para Tiago.
O outro teve que se lembrar do que ele estava falando.
— Você acredita que ele me mandou colocar a Coleção de Primavera na última sala? Justo a coleção que o público mais quer ver ele mandar para os fundos, se fosse pelo menos na segunda sala já ficava ótimo.
Lentamente, o alemão concorda com a cabeça.
— Por isso mesmo que eu me recusei a me juntar a vocês: ele faz as piores escolhas, que fazem com que as exposições organizadas por ele sejam um fracasso. — Erik responde.
— Papai, o passarinho tá perdido. — Nina aponta para um pombo que estava em um poste e que olhava ao seu redor seu parar. Tanto Tiago como Erik pararam de andar e se olharam.
— Como assim ele tá com perdido?! — Tiago grita, o que atrai olhares para o trio — Como é que você sabe disso?
— Eu vi. — a resposta de Nina foi simples — Pode ajudar ele, papai?
Erik ainda estava encarando a filha e não respondeu de imediato, o que a fez lhe dar uma leve batida no ombro e perguntar para seu “tio” se seu pai estava bem.
— Deu tela azul do Windows na mente dele. — Tiago murmura em seu idioma materno.
— Desculpe, querida, o que você perguntou? — Erik volta a realidade.
— Se o senhor pode ajudar o passarinho.
Erik negou, dizendo que não podia, o que deixou Nina um pouco triste, mas não tanto. A menina se despediu do pombo e eles continuaram o caminho.
Foi ao deixar Nina com Magda depois da mesma voltar do seu plantão da madrugada no dia seguinte que Erik decidiu falar para a mulher o que acontecera no Central Park.
— Você acha que ela é uma mutante assim como você? — Magda perguntou depois de ouvir o homem.
— Eu tenho certeza. — Lehnsherr respondeu — Aquele pombo parecia estar olhando para os lados como se estivesse se decidindo para qual ir, não parecia estar perdido e Nina disse que ele estava.
Ambos olharam para a filha, que já estava brincando com o gato de Magda, Sr. Darcy.
— Tem como você ficar de olho nela com o Sr. Darcy e me avisar se algo acontecer? — o mutante pergunta
— Não vai ser problema nenhum.
Eles se despediram e Erik foi embora depois de se despedir de sua garota.
[Dias depois]
— Ela só não tem controle. — Erik repete para Tiago.
Fazia alguns dias que tanto ele quanto Magda haviam chegado a conclusão de que sim, Nina era uma mutante. Uma mutante que, até onde eles viram, sentia o que qualquer animal que estivesse por perto sentia. Talvez não fosse só aquilo, mas eles não tinham como saber.
— Filha de peixe, peixinha é. — Tiago comenta com um sorriso e Erik apenas revira os olhos — Como vai o seu evento?
— Vai indo até que bem, o grupo é melhor que o outro na questão de comunicação.
— O que falta muito na nossa.
Silêncio entre eles.
Eles estavam em uma cafeteria esperando os seus pedidos.
— Sabe o que você podia fazer quando assim que Nina fizer seis anos, Magnus? — Tiago pergunta olhando para fora através da janela.
Lehnsherr nega.
— Botar ela naquele Instituto Xavier.
“Aí você aproveita e tem uma conversa de acerto de contas com o diretor pelo qual você é apaixonado já que você não quer de jeito nenhum ir atrás dele agora sendo o horrível cu doce que você é.”.
— Você sabe muito bem que ele possivelmente me odeia. — Erik diz.
— Possivelmente. — Rodrigues repete — Essa palavra que você não indica se isso é verdade ou.
— Conversar com você a respeito disso é realmente impossível. — Erik murmura negando coma cabeça.
Mas, depois que Erik já estava em seu trabalho, ele ficou pensando naquilo.
E se Charles não lhe odiasse como ele imaginava que odiava?
♡
N.F.:
Eita, que a diferença entre a vida dos dois tá faltando gritar.
Vou botar aq que o próximo capítulo (2016) vai ter o Charles até que feliz (n vou botar “normal” pq a gnt sabe que isso vai ser uma grande mentira). 2016 na vida do Charles também vai ser dividido em duas partes
E tbm vamos conhecer um novo personagem.
E assim vamos nos aproximando de 2017, aonde eu tenho um plano que... Sem spoiler.
Até lá!
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The Damned Seven Years
FanficApós os eventos em uma praia em Cuba, os mutantes Charles Xavier e Erik Lehnsherr começam a seguir suas vidas separadamente depois do ocorrido cujas consequências não foram tão boas, principalmente para Xavier. Em ambos os lados, progressos acontece...